Alice Cooper: idade de criação

Na década de 70, como já foi dito inúmeras vezes por aqui, houve a grande transformação musical no mundo inteiro, principalmente no Rock ‘n Roll.

O Rock ganhou um espaço que nunca mais lhe foi tirado. Isso graças aos grandes artistas que souberam usar a juventude em prol da felicidade geral do público.

Nos anos 70, esses músicos aproveitaram a “idade de criação” para tornar inesquecíveis as canções como “I’m Eighteen” de Alice Cooper, “Brown Suggar” dos Stones, “Aqualung” do Jethro Tull, “ All You Need Is Love”, dos Beatles.

Mas pensando bem, a “idade de criação” parece curta demais. É como uma janela aberta no espaço do tempo, através da qual pode-se criar à vontade, com qualidade. Mas ao se fechar essa janela, a inspiração acaba, as músicas ficam sem sal, os arranjos caem na mesmice e os “riffs” de guitarra trazem uma progressão de acordes repetitivos insuportáveis.

Ao falarmos de Alice Cooper, vale lembrar o início de sua discografia no final de 1969, cada disco lançado antecedia um ainda melhor: “Preeties For You”, “Easy Action”, “Love It To Death”, “Killer”, “School’s Out”, “Billion Dolar Babies” e “Muscle Of Love”.

Pronto. A partir daí parece que acabou a “idade de criação”, e os discos seguintes (20 – incluindo alguns “The Best Of”) foram tão somente repetições dos grandes momentos de Alice. Devemos ainda assim dar todo crédito ao artista, porque até hoje em 2013 continua lançando novos CD’s e DVD’s e mantém a agenda lotada de shows durante o ano inteiro.

O mesmo aconteceu com Paul McCartney, que viveu seu auge entre 1962 e 1973, ou seja, entre “Love Me Do” e “Band On The Run”, e também com The Cult, Queen, e mais recentemente com Guns n’ Roses e Rage Against The Machine.

Já que a “idade de criação” é o melhor momento do artista, só resta ouvirmos sem parar as canções de ontem e aproveitarmos a obra daqueles que estão vivendo esse curto momento.

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