O samba
Tum tum tum, pat kum dum, tum tum tum, tchiiiiiiiiiiiiiiiii... Um pouco mais rápido, um pouco mais lento, quebra-se um tempo aqui outro ali e assim temos as variações do samba. Basicamente o samba é uma coisa só, repete, repete, repete. Seria maçante, muito chato não fosse sua salvação, seus salvadores: a palavra, a poesia, o poeta e o encontro.
Quero então chamar a atenção para a importância e responsabilidade do poeta e o emprego da palavra nessa ciranda. Que se faça a diferença, do contrário, só mais um tum tum tum, pat kum dum, tum tum tum, tchiiiiiiiiiii...
Acrescentando e fugindo um pouco do contexto, falando sobre o que já foi rotulado como brega na MPB, Amado Batista, Odair José, Reginaldo Rossi e tantos outros que na minha opinião, comparados à verdadeira breguice de uma bossa-nova levada e cantada em inglês e francês com ares de cult, de refinamento, isso sim, é de insuportável mau-gosto!!! Pelo amor de Deus, chato pra cacete, como voltando ao contexto o é a "masturbação musical" que está impregnada em um samba-jazz.
Deus me livre do sertanejo universitário, da cantada barata do pagode vendido, do samba sem poeta, do samba punheta, do samba-jazz! Deus me livre da mastigação do chiclete, de escorregar na banana e cair de cara no axé! Deus nos livre do mau-gosto brasileiro e do estrangeiro! Deus nos guarde a Amazônia, a cadência delicada e o bom swing! E Deus nos livre e guarde do Sting!