Brasil: a sofisticação nas orquestrações dos sambas na década de 1940.

Os compositores, Alberto Ribeiro, Alcir Pies Vermelho, BennyWolkoff, Luís Bittencourt, Jair Amorim, João de Barro, José Maria de Abreu, Marino Pinto e Mario Rossi e Oscar Belandi começaram a produzir sambas à base de "orquestrações americanizadas", em que Dick Farney! entrava com seu sussurro sobre os acordes jazzísticos do piano. Foram os casos de sucessos como o “Barqueiro do São Francisco” letra de Alberto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho, “Aquelas Palavras” (de Benny Wolkonoff e Luís Bittencourt).

Na década de 40 ouve-se Francisco Alves em “Bahia com H”. “O pirata da perna de pau” por Nuno Roland. Ataulfo Alves em “Leva meu samba”. “Bodas de Prata” valsa endeusando o matrimonio por Carlos Galhardo. “Ser ou não ser de José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro), “Um Cantinho e Você”, e “Ponto Final” ambas de José Maria de Abreu e Jair Amorim, “Olhos Tentadores” de Oscar Belandi e Chico Silva), “Reverso” de Marino Pinto e Gilberto Milfont, “Se o Tempo Entendesse” de Marino Pinto e Mario Rossi, “O Direito de Amar” de Lúcio Alves, “A Volta do Boêmio” de Adelino Moreira. Ary Barroso com “Risque”, Lamartine Babo, Com “Serra da boa esperança, e Dorival Caymmi com “Sábado em Copacabana, arriscaram-se em sambas-canções nesse período.

Entre os grandes intérpretes desta fase, temos Nelson Gonçalves, Jamelão, Dircinha Batista, Linda Batista, Elizeth Cardoso, Doris Monteiro, Dalva de Oliveira, Nora Ney, Maysa, Tito Madi e Dolores Duran, que foi grande compositora também.Também surgiu uma nova geração de orquestradores como Radamés Gnatalli, Custódio Mesquita, Garoto, Zé Menezes, Valzinho, Fernando Lobo. Eles criavam arranjos bastante diferentes daqueles que haviam criado o samba-canção de 20 anos antes. Críticos dessas influências estrangeiras dentro da música brasileira, faziam até designações, de cunho pejorativo,

para sambas-canções, chamados de sambaladas ou samboleros.

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