TORQUATO NETO – EXPOENTE DO TROPICALISMO

Foi através de Evandro Cunha e Silva, companheiro de luta contra a Ditadura Militar de 64 em Teresina – PI, advogado já falecido, que conheci o poeta Torquato Neto em 1970. Estávamos em frente ao Cine Rex, na praça Pedro II. Depois, nos cruzamos no antigo Bar Carnaúba, extinto há muitos anos.

Torquato Neto passava meses em Teresina de tempos em tempos. Em 1972, eu estava no Rio de Janeiro, visitando a Casa do Estudante Universitário (CEU ), localizada próxima aos Arcos da Lapa, onde fora a zona boêmia carioca. O amigo Benoni Alencar era residente da CEU e me passou um exemplar do Jornal TRIBUNA DA IMPRENSA, dirigido pelo corajoso jornalista Hélio Fernandes. Tive uma surpresa ao ler uma matéria sobre o suicídio do poeta piauiense.

Vim a ouvir o long play GELÉIA GERAL, o hino do tropicalismo, letra de Torquato Neto e música de Gilberto Gil, aqui em São Luís. O disco foi enviado para mim pelo então Secretário de Cultura do Piauí em 1997, Jesoaldo Cavalcante Barros. Outra letra e música que está no long play é DIA D, na qual Torquato revela sua faceta de poeta extremamente angustiado, senão psicótico, conforme ouvi reiterados comentários de Benoni, que leu o livro do vate OS ÚLTIMOS DIAS DE PAUPÉRIO.

Gilberto Gil e Caetano Veloso que foram parceiros do poeta sempre fizeram declarações elogiosas a ele. E, agora, vai ser lançada em São Luís a monografia RISCO DO BERRO – TORQUATO NETO MORTE E LOUCURA de Isis Rost, graduada em Ciências Sociais pela UFMA. A monografia foi lançada em novembro em São Paulo e na segunda semana de dezembro em Teresina.

” Samuel Filho “

samuel filho
Enviado por samuel filho em 02/01/2018
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