Sheila, a peludona...

Desde que fugiu do aprisco, Sheila, literalmente, só pastou. A falta das habituais companhias foi um teste duro de sobrevivência. Sheila não nascera para a vida solitária e desde filhotinha estava acostumada a tudo que fosse gregário, apesar dos constantes apertos, dos eventuais desacertos...

No afastamento, o maior dos atropelos foi justamente o crescimento dos pelos, sem zelos, só desmazelos. E tão peludinha ficou que, praticamente, de pesobeso, estacionou. Fome, sede, e desassossego passou.

Até que foi encontrada, resgatada, tosquiada e ao rebanho reajuntada, numalegria danada. E da Tasmânia, aquela terra estranha, remota, dos coalas, ornitorrincos e do diabinho, que andaram beirando a extinção, Sheila manda a todos um abração.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 21/01/2016
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