NEGOCIANDO COM A VIDA

 

“I bargained with Life for a penny,(negociei com a Vida por centavos)
And Life would pay no more, (e  a Vida não pagaria mais que isso)
However I begged at evening ( embora eu implorasse à noite)
When I counted my scanty store;(quando contava meu escassos recursos)
Life is a just employer. (A vida é um empreendedor justo)
He gives you what you ask, (Ela dá aquilo que pedimos)
But once you have set the wages, (Mas, uma vez que você aceitou o salário)
Why, you must bear the task. (Bem, você tem que fazer sua parte)
I worked for a menial's hire, (Eu trabalhei por um salário magro)
Only to learn, dismayed, (Somente para descobrir, consternado)
That any wage I had asked of Life, (Que qualquer quantia que eu pedisse à Vida)
Life would have willingly paid” (Ela me teria alegremente pago).

 

O texto acima é uma versão livre de um poema de Jessie B. Rittenhouse. Não é somente uma obra prima poética, mas também transmite uma grande verdade. A Vida nos dará o que lhe pedirmos. Se for muito ela nos dará muito; se for pouco, pouco nos será dado. A razão para essa lógica está no nosso cérebro subconsciente. Ele só sabe obedecer a ordens. Se lhe dissermos que o nosso quinhão na vida é pequeno ele acreditará e fará com que só procuremos migalhas. Se lhe dissermos que merecemos muito, ele nos levará a grandes recompensas.

Claro que não basta só pedir. É preciso merecer. E o mérito é consequência do que a gente faz. O grande segredo é que quando aprendemos a negociar com a Vida, ela paga o que pedimos.

Existe uma forma certa de fazer isso e tudo começa com a nossa disposição de primeiro dar para depois receber. A Vida é sábia e nada dará se não entrarmos com uma contrapartida nesse acordo. Ela se chama trabalho, dedicação, comprometimento, participação, treinamento, estudo etc.

Nada vem de graça. Até os ladrões sabem disso. Arriscam a vida e a liberdade para adquirir o que querem. É a contrapartida deles.

Mas nós gostaríamos de ser felizes e ricos pelo mérito conquistado em nossas ações. É o que diz a parábola dos talentos. Quem recebeu dez obriga-se a devolver vinte; quem recebeu cinco deve devolver dez; quem recebeu um, precisa devolver pelo menos dois. Não se permite esconder os talentos que recebeu e devolver somente o que lhe foi dado.

Há outro lindo poema que fala sobre isso. Ele diz: “Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu/ Quem não sentiu o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não viveu/ Não foi homem, foi espectro de homem /Só passou pela vida, não viveu.” (Francisco Octaviano)

Assim, antes de pedir alguma coisa a Deus pergunte-se o que você fez para ter o direito de ser atendido. Se puder responder a essa pergunta com sinceridade, pode ter certeza de que amanhã será o seu dia. Viva a Liberdade!