PPP

Arruda solto. Arruda e sua camarilha soltos, assim determina o Tribunal Superior de Justiça. Os tribunais de justiça, melhor dizendo, a justiça no geral, decidem com a lei e pela, sem a qual se diz repetidamente “não há salvação”.

Deus nosso! E quem faz a lei, senão o povo quando escolhe o seu representante no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas e nas câmaras municipais ou distrital. Somos o povo, somos cada um de nós, no momento de lacrar o voto na urna eleitoral, que legisla nestes pais, desde a esfera federal à municipal. E nós escolhemos os arrudas? Até quando, aliás, quando acordaremos? Se a polícia descobre um larápio da linha política, a lei roda mil jeitos de fórum especial, de prorrogação de prazo, de privilégio, de que e que, para levar a sentença final ao nunca mais. De mora em mora, chega a prescrição e estamos falados. Até quando Senhor, ouviremos a voz da sabedoria popular: no Brasil a cadeia foi feita para ppp – puta, preto e pobre... Perdoe-se o palavrão sou um homem de noventa anos de ver, ler e ouvir, de refletir sobre a deterioração da vida nacional brasileira, do acanalhamento de nossa política. Quem sabe, com esta palavrinha de mágoa e revolta, de decepção, não estarei infringindo a lei, e assim susceptível de processo e cadeia e cadeia? Quem sabe? Não entendo de lei e estou na linha ppp – sou pobre.

Na grande maioria, não entendo de lei, os nossos políticos não passam de malandros e aproveitadores. E o mau exemplo de cima para baixo, parece que puxa no sentido de degenerar a sociedade.

Em maioria falei. Há sempre gente de honra no meio político. Vamos selecinar entre os que o são, aqueles que legislem em nosso nome para a sociedade, expurgar os que o fazem em causa própria. Só assim poderemos limpar-nos da mácula do dito popular: cadeia no Brasil se fez para ppp.

03.04.010