ELEIÇÕES 2010 NA FLORESTA BRASILIS

Os bichos estão animados novamente. A floresta brasilis se agita, mas já não tem o mesmo glamour do passado. Os animais matreiros que amam o poder já não possuem tantas promessas milagrosas. Nessa onda de crescimento natural, chamada de globalização, não precisa tanto esforço para administrar. Somente os burros não conseguiriam progredir nesses tempos alvissareiros. Mas os tucanos que sempre tiveram estratégias para virar a mesa estão sem rumo, voando aqui e acolá e até se rendem aos caprichos das raposas vermelhas. Essas raposas, matreiras e estratégicas descobriram o calcanhar de Aquiles da terra brasilis com o passar dos anos. Perceberam que numa floresta de dimensões continentais e com animais governando, sendo a maioria de caráter duvidoso, sobravam muitos animais carentes, insatisfeitos e desesperados. O grande segredo das raposas vermelhas foi manter esse grupo das antas carentes sob seu jugo, dando lhes o básico do básico através de programas eleitoreiros e garantir a vitória de três, quatro ou cinco eleições consecutivas. Mas a floresta está sem rumo, pobre em opções. O grupo das raposas são inovadores, pois elegeram a primeira raposa operária e agora querem inovar elegendo a primeira raposa dama, mas quem comandará a floresta, todos os animais já sabem; serão as raposas furtivas, aquelas que agem na calada da noite e que sempre estão ocultas, pois já foram cassadas, renunciaram aos cargos, mas nada sofreram, pois os leões somente rugiram, mas não morderam. Os opositores das raposas vermelhas são realmente fracos, pois não conseguem vencer uma raposa fantoche, sem sal e sem açúcar, talvez porque o tucano concorrente seja mais sem sal e sem açúcar que a raposa vermelha. Existem outros animais tentando chegar ao poder, mas são opositores fracos, entre eles, uma loba ambientalista que carrega uma bandeira sem expressão. No final a bicharada faz uma salada e as ideologias são colocadas num saco e jogadas no lixo em troca de um cargo na cúpula da floresta. No porvir, surgem malas de folhas reais, o dinheiro dos bichos da floresta brasilis; só não põem na meia, pois os mesmos não usam roupas, mas se apertarem o cerco, debaixo da pelagem farta, surgem cobras e lagartos. E nessa falta de opção, a raposa dama assumirá folgada, abrindo um precedente perigoso para a democracia dos bichos, pois com a quantidade de antas votantes sem noção na floresta brasilis corre-se o risco da efetivação perpétua do poder raposal. Em terra de raposas espertas , tucanos desorientados e lobas ambientalistas, é melhor ficar de olhos acesos, pois o galinheiro está aberto para começar a festa!!! ESSE É UM TEXTO DE FICÇÃO, QUALQUER SEMELHANÇA COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA!!! “EU SÓ SEI QUE NADA SEI”, diria Sócrates!!!