COMPATIBILIDADE ENTRE FÉ E POLÍTICA NA ÓTICA EVANGÉLICA

É a arte de administrar a coisa pública. Então não é a arte de políticos administrarem em proveito próprio o que é dos outros. Política é também a arte do político administrar sua vida em relação ao interesse público, muitas vezes em detrimento aos seus interesses pessoais. Em última análise, política é a arte de relacionar-se, e assim todos nós fazemos política.

O governo do justo é uma conscientização para a tomada da nação por um governo justo e temente a Deus, que procura administrar com o objetivo de cumprir os propósitos de Deus para nosso tempo, em meio a um sistema de coisas corrupto, maligno e voltado apenas para satisfação de interesses particulares.

Nós precisamos lutar por uma consciência política de temor a Deus. Política é um ministério, ou para Deus ou para a satisfação dos nossos interesses pessoais ou para aquele que controla o sistema de coisas neste mundo, que segundo a Bíblia, jaz no maligno.

Política é a maneira de se estabelecer um governo, e nós até hoje temos entregue esse governo aos inimigos de Deus e de sua Palavra. Precisamos de uma consciência bíblica política.

Veja os países islâmicos, por exemplo. Lá não existem cartazes com imoralidade e pornografia, porque as leis são feitas com base no Alcorão. Não estamos defendendo um sistema fundamentalista de governo, nem estamos dizendo que o Brasil precisa ter uma religião oficial, como no caso de países islâmicos. Estamos mostrando que a nossa nação como nação (não como Estado) é cristã, e chegou a hora de nos posicionarmos como cristãos comprometidos com os princípios e valores de Deus.

Precisamos lutar para termos a Palavra de Deus e os valores de Deus como fundamento de governo. Não podemos nos acomodar com essa prostituição administrativa que aí está. Ou será exagero dizer isto? Acaso não vemos um costume político que troca tudo por dinheiro? A prostituição não é isto? Tudo por dinheiro?

Será que vamos continuar acomodados como homens e mulheres de Deus, achando que política não é para nós? Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: 'Seja o nosso rei!'"A oliveira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?' "Então as árvores disseram à figueira: 'Venha ser o nosso rei!' "A figueira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?' "Depois as árvores disseram à videira: 'Venha ser o nosso rei!' "A videira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?' "Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: 'Venha ser o nosso rei!' "O espinheiro disse às árvores: 'Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!' Juizes 9: 8 a15.

Quando o justo abre mão da sua perspectiva de mudanças políticas, o espinheiro governa. É verdadeiramente assim que queremos uma nação transformada, governada pela iniqüidade de atos políticos desprovidos dos valores bíblicos? É preciso contrapor os enganos e equívocos que estão nas leis, e para isto é preciso ação política com base em princípios cristãos e na bíblia, e isto é fundamental para mudar as coisas.

Não vamos mudar as coisas com revolução armada, como queria a teologia da libertação, mas com as armas da lei, o voto, as mesmas leis que são usadas e forjadas para satisfação de interesses pessoais de minorias.