COLAPSOS DO NOVO SÉCULO

O homem viu o primeiro vôo do avião, participou de duas guerras mundiais, passou por colapsos político-econômicos, foi para a lua, derrubou o Muro de Berlim, aderiu à Internet e conheceu a clonagem. Tudo isso fez parte do século XX.

Já no século XXI, a força dos fatos impõe-se ao próprio evento. Iniciou-se o novo século com um ataque terrorista aos EUA. Em 2001, a Al Qaeda foi responsável por assassinar quase três mil pessoas... Todos inocentes. Parece que faltou integração na gestão dos órgãos de inteligência yankees e providências tempestivas e eficazes.

Em 2004, um tsunami matou 220.000 pessoas na Indonésia e países vizinhos. Foi um evento natural devastador. Paralisou o planeta. Como se precaver de um evento dessa magnitude? Sabe-se que há tecnologia para isso. Faltaram zelo e ação governamental.

Em 2008, um forte terremoto abalou a China. Mais de 87.000 pessoas mortas/desaparecidas. Outra vez o mundo parou e moveu-se em solidariedade aos necessitados. Onde estava o governo nacional?

Ainda em 2008, foi eleito o primeiro presidente negro dos EUA. Barack Obama criou-se globalmente, é grande orador e incentivador da auto-estima yankee. Assumiu o País em meio a uma crise econômica de grande intensidade, só comparada à crise de 1929. Muitos trabalhadores perderam dinheiro, emprego e mergulharam no colapso imposto pelos conglomerados gigantes (falidos) que comandavam a estabilidade dos fluxos, processos e procedimentos imobiliários/financeiros dos EUA.

Em 2010, foi eleita a primeira mulher para a presidência da República. A filha do Pétar Roussef, búlgaro-brasileiro, Dilma Roussef, assumiu o Executivo em janeiro de 2011. Choveu muito em Brasília… O que isso quer dizer? Alegria ou tristeza? Confusão e Instabilidade política… Ou mais desenvolvimento e uma lupa para enxergar os cidadãos?

Logo em janeiro de 2011, a presidente enfrentou seu primeiro grande desafio. A tragédia Serrana no Rio de Janeiro. Mais de 1.500 mortos e desaparecidos.

O que há de diferente? Nada. Os governos mudam para consolidar as estruturas oligárquicas internacionais superiores (EOIS) configuradas durante anos de poder. Mudam-se os líderes no poder local, regional, internacional, mas o comando do poder sistêmico permanece ativo e controlador dos governos e pessoas.

Os pobres sofrerão mais ainda com o avançar do século. A classe média será oprimida. Os ricos poderão fazer mais fortunas. E o poder central – as EOIS – governará pelo exercício da sua conectividade e capilaridade global. Esse é um dos efeitos perversos da globalização.

As tragédias supramencionadas ainda continuarão acontecendo. O descaso dos governos pelo socioambiental é imenso e as medidas tomadas são pirotécnicas e aleatórias. Ainda bem que o terrorismo tradicional ainda não apareceu em nosso País. Caso ele instale-se por aqui, não se precisará ir para o inferno, condicionadores de ar serão implantados na grande sauna que se tornará o Brasil. Algum político bem votado – com certeza – proporá isso.

Afonso Farias Jr – PhD

Professor e Administrador

AFFARI SOJUN
Enviado por AFFARI SOJUN em 27/02/2011
Reeditado em 04/03/2011
Código do texto: T2818993
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