Acreditar Portugal, ou Acreditar em Portugal???

Recentemente eu publiquei esta minha foto do tempo de Estudante no meu FB (fui bolsista por apenas 2 anos) e me chamaram de "Fascista"!... e daí eu me lembrei desta frase da Grande Poetisa Florbela Espanca: (a minha resposta está aqui embaixo no rodapé deste texto) 
<<... Um retrato é apenas a ideia aproximada de uma pessoa. A graça de um sorriso, o olhar, a expressão e tudo quanto para mim é a beleza, não pode verdadeiramente existir num retrato...>> (Florbela Espanca)
 - Embora possa parecer um certo eufemismo esta apresentação do tema da minha crônica de hoje, ao citar pensamentos da nossa Maior Poetisa do Seculo XX,  vamos entretanto tentar desmistificar o assunto pois que, de tão complexo é o tema “crédito” no Velho Portugal de hoje, à beira mar plantado (sem ser semeado) que,... necessário se faz um prévio esclarecimento do motivo que gerou este retrato tão atualizado. 
"À priori"  veio-nos à lembrança escrever a conhecidíssima máxima popular “depois da casa roubada, colocam-se trancas na porta”, mas como isso é por demais corriqueiro nos dias que passam, e porque a crise já passou bem adentro da porta Luz & Tana há 40 anos ou mais, nós estamos em crer que já nem trancas resolvem o roubo praticado há décadas, e então vejamos outras propostas mais atualizadas!...

Acabamos de ler os Estatutos de uma tal Organização Não Governamental “Associação Acreditar Portugal” – uma Instituição sem fins lucrativos cujo objectivo principal é (ou são?) :
 (a) Desenvolvimento da sua intervenção em favor da comunidade em áreas de relevo social;
 (b) Promoção da cidadania, da cultura, do associativismo jovem, do empreendedorismo, da inovação e do desenvolvimento económico;
(c) Produção, edição e divulgação junto da população de informação que lhe permita melhor julgar e intervir em todas as questões relativas com a alínea anterior;
 (d) Mobilização dos cidadãos, no âmbito de uma concepção de cidadania activa para a defesa dos objectivos da Associação;
(e) Dinamização e promoção de actividades subordinados ao objectivo e acções desta Associação;
e (f) Praticar em geral todos os actos necessários e convenientes à prossecução dos seus fins, de acordo com as regras estabelecidas nos presentes Estatutos, etc e tal e coisa...
Apressamo-nos a parabenizar os seus organizadores, todos ainda jovens, por dois motivos fundamentais; primeiro somos Portugueses como qualquer um, e tudo que diga respeito a valorizar o nosso país merece aplauso em pé... por favor!
E segundo porque, na sua grande maioria são jovens na sua pujança intelectual e física com imenso potencial para contribuírem, cada um dentro daquilo que imaginam ser o melhor a fazer, para sairmos da situação actual (ou atual) e, para a qual parece não haver culpados nem no presente nem no futuro à vista desarmada!
Na nossa modesta opinião quem criou tudo isso que aí está, na verdade, está-se nas tintas para os problemas de quem vem depois, seja jovem ou seja ainda algum teimoso que ACREDITA QUE A COISA TEM JEITO!... Nós sinceramente! depois de tantos anos achamos que não!
 – Em política como na natureza, “pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita”!
Durante as últimas décadas parece-nos ter sido institucionalizado o sentimento comum do “eu não estava lá!, logo não tenho nada a ver com isso”!,  ou pior;

- eu estava lá mas ainda era criança e por isso não aprendi a amar a minha terra, o meu rincão!... o lugar onde eu nasci e sonhei, mas,...  agora que já sou “grande” eis-me aqui para o que dér e, bem... o que vier, a ver vamos, como costuma dizer o cego!.
- De volta ao nosso “moinho” ideológico, de onde vos enviamos – vez por outra – algumas das nossas “Catramonzeladas Literárias”, (mero e singelo contributo à cultura Luz & Tana)  segundo o nosso ponto de vista da Emigração, e porque quem está de fora vê as coisas de outro ângulo, nós gostaríamos agora de, a título de conselho gratuito, dizer aos mentores da página para fazerem uma revisão prévia do que ali se comenta, daquilo que ali se espalha porque, a semente só da´ fruto quando é boa e é absolutamente necessário saber se tem saúde para morrer saudável e dar vez a outra semente, a outro novo fruto... a outra nova geração no seguimento do pretérito indeterminado destino da mãe natureza, porque o Criador nos ensinou;  crescei e multiplicai-vos “ad aeternum”!... contudo não esqueçais a terra onde repousa o meu corpo que é pó!... e a ela (terra) voltará por força da gravidade gravitacional astral e infinita.
A página está no lugar certo.
-  (o sublinhado é nosso).
De antemão agradecemos por acreditarem em nós e estamos prontos a escrever não só uma página, mas sim um livro inteiro – desculpem-nos a ironia - desde que todos acreditemos que o país não se faz apenas com retórica nem discurso de Tribunos virtuais, mas sim com obras e feitos reais.
Vem daqui a nossa percepção da diferença entre “Acreditar em Portugal, nos Portugueses... os de hoje e os do amanhã!...
È de vós jovens empreendedores, vós os novos trabalhadores do nome e da cultura Portuguesa, da produção e da colheita, da escrita e da leitura, da sementeira de mente sã em sadio corpo da terra que vos viu nascer!!!... é daí que se pode Acreditar Portugal junto às demais Nações!, sobretudo junto às outras comunidades internacionais globalizadas tantas vezes pelas falsas vitrines internetianas, onde se promete tudo, porque o vídeo, a tela do monitor, tudo aceita e onde tantas vezes tudo não passa de uma efêmera vontade de aparecer na mídia para ser alguém conhecido. 
 
Resposta ao comentário no  meu FB de hoje (03.Dez.2019): 

Eu sou "FAISCISTA" desde os 13 anos de idade quando me fizeram Emigrante involuntário. De lá para cá quando me pedem a minha profissão eu respondo sempre; eu faço isto e faço aquilo... o que for preciso para viver honestamente - portanto sou um FAISCISTA diplomado com PhD da Universidade da VIDA que Deus me deu!

Vem isto a propósito de um comentário que uma Idiota fez aqui no meu FB e me classificou de "fascista"! (palavra dela) e eu fui atrás de entender o porquê?. Vejam bem o discurso de um verdadeiro Português a quem muitos odeiam e como ele já morreu, não queiram me apelidar como tal:

Meus Senhores! - peço me desculpeis de ter sido hoje excepcionalmente longo nas minhas considerações. Reclamavam-no o assunto, a importância do acto, a gravidade do momento em que as paixões políticas tornam a agitar-se criminosamente à volta de ficções, de vacuidades, de sombras, de nadas, quando há realidades tão vivas - os problemas nacionais - que melhor mereciam atenções e esforços de todos os Portugueses. !!! Não deixemos aviltar na mesquinhez das lutas intestinas este povo tão dócil, tão bom e sempre tão sacrificado às insuficiências e desvarios do seu escol dirigente actual.

Não deixemos que um povo com tão grandes possibilidades, com tão largas reservas de energia e de riqueza, com tantas qualidades de sacrifício, dedicação e patriotismo tenha o aspecto triste dos que assistem às grandes derrocadas históricas e desistem de construir o seu futuro!

Demos à Nação optimismo, alegria, coragem, Fé nos seus destinos; retemperemos a sua Alma forte ao calor dos grandes ideais, e tomemos como nosso lema esta certeza inabalável; Portugal pode ser, se nós quisermos, uma Grande e Próspera Nação. Sê-lo-á!(???) o discurso é de um pseudo "fascista" e as interrogações são minhas e de mais uns milhões de Emigrantes que não fomos jogados aos TUBARÕES...

Silvino Potêncio
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil
 - O Homem de Caravelas de Mirandela.
www.silvinopotencio.net

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 15/09/2011
Reeditado em 03/12/2019
Código do texto: T3220522
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