O ERRO DE UM MONARCA, AFETA TODO O REINO!

Prestes a concluir a leitura de toda a Bíblia no decurso de um ano, pela nona vez. Detive-me em dois textos: I Crônicas vinte um, e II Samuel vinte e quatro, os quais fizeram-me refletir sobre os impactos oriundos das decisões impensadas de um líder supremo sobre seu reinado: no caso o rei Davi. Sejam no nível espiritual ou político, ambos afetam toda a população, seja nação do sistema monárquico ou outro sistema político.

Refleti ainda sobre o poder do arrependimento e sobre a bondade divina em perdoar o pecador arrependido, seja no Ocidente ou no Oriente, em um sistema parlamentarista, governamental, ou monárquico ou qualquer ouro sistema.

No Brasil não vivenciamos o sistema monárquico. Tal fato, no entanto, não serve como impedimento para se extrair preciosas lições resultantes de um grave erro praticado pelo maior monarca que esta terra já teve conhecimento. Cujo reinado ocorreu na cidade chamada santa, chamada Jerusalém. Cidade cujo carisma até hoje, atrai visitantes de todo o mundo. Apesar de todas as falhas é uma simbologia da cidade celestial. Cuja influência em âmbito mundial mereceria maiores estudos do que tem sido feitos.

Estudiosos de grandes Universidades brasileiras tem se dedicado a estudar sobre inserção dos pentecostais na mídia ou sobre a influência do pentecostalismo sobre as massas.

No entanto, a influência de Jerusalém e dos judeus sobre o mundo globalizado, comercial, financeiro e político, a meu ver mereceria mais estudos do que tem sido divulgados, se, estão sendo realizados nos bastidores. Pelos nomes de origem judaica, pode se perceber a inserção e influência dos judeus não apenas na mídia, como também nos sistemas políticos e econômicos ao redor do mundo.

O dono do SBT, parece ser de origem judaica, tem desde os tempos da ditadura grande influência para arrastar atrás de si multidões na mídia brasileira. Quem não se lembra de suas frases motivadoras de aplausos, frenesi e delírios nas multidões: Quem quer dinheiro? Ou aquela outra frase muitas vezes repetidas ao longo de vários anos e esquecidas quase que propositadamente: “Digo e sempre repito: sobre todos os pontos de vista vou cada vez melhor” Era quase que, uma lavagem cerebral na cabeça de seus telespectadores. Somando-se: Hadade é nome de um judeu neto de Abraão; também, de outro rei o qual derrotou os midianitas, e de um governante na época do rei Salomão. Qualquer semelhança, seria mera coincidência?

Tais influências parece não preocupar estudiosos como: SILVEIRA, Leonildo Campos, o qual elaborou o estudo: “Evangélicos e Mídia no Brasil – Uma História de Acertos e Desacertos” “Na primeira, há um conjunto de reflexões sobre as relações entre evangélicos e mídia no Brasil, na segunda parte: A escolha desses novos meios de comunicação trouxe para o campo religioso significativas mudanças, assim como na prática do culto local, em que a congregação é estimulada a reagir como um auditório de televisão, onde se dão as gravações dos programas que posteriormente vão para o ar; a pressão da arrecadação financeira sobre o culto religioso; a maneira de o pastor se comunicar com as congregações local e virtual”.

Valeriam mais estudos por parte das: PUC, Mackenzie, Metodista e Universidade do Pernambuco: Através dos: Gasparetto, Katia Mendonça, Leonildo Campos, Henrique Araujo Fontelles, sobre tais influências através da mídia, bem como estabelecer uma correlações entre a influência dos judeus na formação das sociedades ao redor do mundo geográfico e político, principalmente na presente mundialização do sistema econômico, político no cenário mundial e a utilização da mídia em programas chamados de "entretenimentos".

Porém, as atenções parece estarem voltadas com maior ênfase paras igrejas pentecostais. Ao longo de décadas os programas da globo e do SBT não influenciaram mudanças significativa na sociedade brasileira como formadoras de opinião?

Colocando-se um esparadrapo sobre a alfinetada das influencias televisivas para cobrir o ferimento não a dor, voltemos nossa atenção ao monarca sobre o qual me deterei em estudo é o rei Davi. Um homem segundo o coração de Deus. Mas que, na condição de rei praticou dois atos abomináveis, os quais fê-lo ceifar duas colheitas amargas, cujo reflexo atingiu seu reinado.

O primeiro ato abominável do rei Davi está registrado no livro de Segundo Samuel cap. 11. Davi permanece no palácio dormindo quando deveria estar guerreando, dando moral e orientação aos seus generais; sendo líder ativo, visualizando o perigo, traçando estratégias que culminassem em vitórias contra o inimigo.

Ao acordar-se: descansado, bem disposto em todos os sentidos; olha pela janela e vê o que não convém. A visão majestosa do corpo nu de uma bela mulher, nua a banhar-se na casa dela. O visual acende-lhe o instinto. Descobre que ela é mulher do seu mais fiel general. Ordena que ele seja colocado na linha de frente da batalha para ser eliminado de “morte óbvia, em serviço” objetivando tomar-lhe a bela mulher.

O segundo ato abominável praticado por este rei refere-se a contagem de seu exército. Davi ordena a contagem de seu exército, porém, tal contagem desagradou a Deus profundamente. Pois, ao contar o exército, Davi demonstrou num ato indigno de um rei de seu gabarito que estava prestes a confiar mais no número de soldados que possuía, do que continuar confiando no Deus que o livrar tantas vezes em situações fora de sua capacidade. Pôs sua confiança na quantidade de homens não no poder de Deus.

Do texto no Primeiro Livro de Crônicas cap. vinte e um, várias lições podem ser extraídas, as quais nos são de grande aplicabilidade, embora vivendo em outro contexto político:

1. V. 21.1 “Satanás se levantou contra Israel, incitou o rei Davi a numerar a Israel”. Mesmo uma pessoa tendo comunhão com Deus, num momento de distanciamento e falta de vigilância, ela pode ser estimulada por satanás a fazer algo que desagrada a Deus. E se exercer seu livre arbítrio para ouvir o diabo, colherá os frutos desta decisão em sua vida e se for um rei tais frutos podem afetar o reino. Satã não tem corpo físico. Odeia pessoas e as usa para executar seus intentos malignos contra elas;

2. O rei deu uma ordem a Joabe seu súdito de confiança. Joabe, que estava em sintonia com Deus, percebeu o perigo da atitude impensada do rei. Mesmo sabendo do risco, contestou ao rei, avisando-lhe sobre o perigo. “21.3 e 4 “Então disse-lhe Joabe: O Senhor acrescentou ao seu povo cem vezes tanto como é; porventura, ó rei meu senhor, não todos servos de meu senhor? Porque procura isto meu senhor? “Porque seria isto causa de delito para com Israel”. Porém, “a palavra do rei Davi prevaleceu contra Joabe”. Senhor com maiúscula refere-se a Deus, e senhor com minúscula refere-se ao rei Davi. O rei foi avisado, porém, escolheu ouvir sua própria voz interior.

3-A escolha foi pessoal. O resultado vem por atacado sendo distribuído para toda a nação. Joabe livrou sua pele da repreensão divina, inclusive com risco de morte evitou contar os levitas com o povo comum. Até disto desagradou-se o Senhor. Davi não ficou escuso de culpa pelo fato de ser ele o rei tendo poder nas mãos. Muito pelo contrário, levou a pancada maior da parte divina;

4- Verso 9 ss. consequências vieram mais cedo que ele esperava. “Falou, pois, o Senhor a Gade, o vidente - termo usado para designar profeta- de Davi, dizendo: “Três coisas te proponho; escolhe uma delas para que eu te faça”. Veio Gade, o profeta a Davi o rei com o recado divino: “Escolhe para ti: Ou três anos de fome, ou que em três meses sejas consumido diante dos teus adversários, ou que em três idas a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor destruam todos os termos de Israel; vê, pois, agora, que resposta hei de levar a quem me enviou”. Isto é, a Deus.

5-O rei Davi ficou em tremenda angústia. E respondeu a Gade o profeta de Deus: “caia eu nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas não caia eu nas mãos dos homens. E Deus desceu a ripa no povo, como consequência do mau uso do poder através de decisões erradas feitas pelo rei. Deus não foi perverso. Ele apenas executou sua palavra. Deu o livre arbítrio, Davi o usou de forma errada, e colheu o resultado. Plantou erva ruim, a colheita teve o mesmo DNA daquilo que foi plantado.

6-Davi, no entanto, mostrou virtude ao reconhecer seus erros, em ambas as situações nas quais errou. Tanto com relação ao adultério seguido de morte, quanto na contagem do povo como prova da transferência de sua confiança em Deus para confiar no tamanho e capacidade de seu numeroso exército:

a. I Crônicas 21.16 “E, levantando Davi os seus olhos viu o anjo do Senhor, que estava com a espada desembainhada na mão contra Jerusalém; então Davi e seus anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos”. Esta era na época, uma forma máxima de humilhação e reconhecimento dos próprios erros;

b. Davi argumentou com Deus: “Não sou eu o que disse que se contasse o povo? E eu mesmo sou o que pequei, e fiz muito mal; mas estas ovelhas, que fizeram? Ah! Senhor, meu Deus, seja a tua mão contra mim, e contra a casa de meu pai, e para castigo de teu povo”.

c. A primeira demonstração de caráter por parte de Davi: puxou para si a responsabilidade de seus erros. Preferia ver a casa de seu pai sendo punida que ao povo. Porque a casa de seus pais? O sofrimento da família nos afeta. Ele preferia sofrer tal dor, que ver o povo inocente sofrer por conta de sua má conduta como soberano que havia errado. Forte esse senso de justiça.

e. Fez uma oferta de sacrifício a Deus, quando o Senhor lhe respondeu favoravelmente, perdoando-lhe a transgressão. Comprou um campo, um local e animais de Ornã para ofertá-los ao Senhor. Ornã queria dar-lhe o local e os animais, ao que o rei recusou-se receber, dizendo: v. 24 “Não, antes, pelo seu valor, a quero comprar; porque não tomarei o que é teu, para oferecer ao Senhor, para que não ofereça holocausto sem custo.

Em outras palavras: Como ofereceria eu ao Senhor algo que nada tenha me custado”. Lição: nossa oferta a Deus tem seu valor não apenas pelo valor monetário ser alto, mas, por ser o resultado do nosso suor, do nosso desejo e esforço em dar-lhe algo que custou esforço para adquirir.

Deus, o perdoou em cada situação de transgressões, após arrepender-se. Porém, o perdão e arrependimento não lhe evitaram colher os frutos amargos de sua má conduta. Que tais textos no levem a viver a vida com Deus com maior compromisso e seriedade, conscientes de que o arrependimento não nos isenta da colheita dos frutos da semente plantada.

Todo cristão compromissado com Cristo, não apenas compromissado com placa de denominação ou Igrejas, têm o dever de levar a sério os ensinamentos e diretrizes dados por Deus para um viver melhor, não apenas no inicio de cada ano, mas a vida toda, de Janeiro a Dezembro, até o fim de sua existência.

Para além de observar sobre as influências recebidas através da mídia por meio das lavagens cerebrais subliminares. A Bíblia e não a mídia deve ser a regra de conduta e fé. Todo ser humano deve aprender a comparar o que vê e ouve em todos os ângulos não apenas na direção que lhes engessam paraver.

O pentecostalismo na mídia não é o único viés carente de ser analisado no cenário brasileiro ou observado para se detectar sua influência.

Toda influência americana, judaica, espirita, oriental, carece das observações comparativas.

E a influência das drogas, e das músicas tocadas diariamente nos celulares e nestas caixinhas que os adolescentes carregam debaixo dos braços, cujas letras modelam o caráter, mente e ações da juventude não é motivo de preocupação?

Não se engesse na única direção apontada por alguns jornalistas, escritores e pesquisadores universitários desejosos de mostrar o pentecostalismo como o maldo século, existem outras influências midiáticas afetando o país tanto do ponto de vista financeiro, como moral, e sendo desconsideradas de propósito.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 04/01/2013
Código do texto: T4066897
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