OS "PATOS" NOSSOS DE CADA DIA...
NOVOS POLÍTICOS PARA VELHOS PROJETOS?
Começamos dois mil e treze com novos executivos e legisladores municipais e o que nos chama a atenção da cidadania é que nos deparamos com os mesmos problemas urbanos e sociais de sempre, desde as menores até as maiores cidades brasileiras.
Coisa incrível, por exemplo, é se constatar que sequer damos conta dos nossos lixos! Quanta sucata!
É lixo a se perder de vista por tudo quanto é cantinho, inclusive nos pontos de turismo mais procurados.
Outro fato flagrante aos olhos é o abandono do todo, do tudo de todos.
Aqui por São Paulo, pelas estradas, agora tem uma nova moda aonde cansamos de visualizar "outdoors" que nos anunciam obras estaduais sempre milionárias mas que não começam ou não terminam nunca.
Quem vê a propaganda corre o risco de acreditar...
Daí, fazemos as contas, tentamos dimensionar o dinheirão todo investido ali e ficamos a tentar entender aonde gastaram ou vão gastar tanto dinheiro para obras até então inexpressivas do ponto de vista prático, ou seja, obras que demoram demais para impactar na qualidade de vida do povo, se é que impactarão!
As chuvas castigam as mesmas áreas de sempre, sob as perenes e proibitivas ocupações do solo negligenciadas pelo poder público, chuvas que descem sobre as ruínas antigas que sequer tiveram o compromisso dos seus responsáveis para a recuperação dos estragos passados.
O dinheiro some e absolutamente nada acontece.
Ultimamente, aqui por São Paulo, nem os parques estaduais têm mais a devida atenção dos gestores.
Gestores...um vocábulo de tanto impacto, tão imponente, todavia, de tão pouca serventia, ultimamente, ao menos.
Saibam, aquele maravilhoso PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO atualmente AINDA existe apenas pela resiliência da natureza soberana. Não conseguiram ainda danificar a genética da biodiversidade de lá, mas falta pouco, bem pouco, a despeito de ser uma área de preservação ambiental gigantesca, um paraíso ecológico também destinado às pesquisas biológicas científicas de grandes universidades como a USP. Imaginem se não fosse!
Qualquer cidadão que conheceu o tal parque outrora, ficaria doente em observar o descaso que ocorre ali ultimamente: abandono TOTAL.
O parque Estadual de Campos do Jordão entregue ao mato, totalmente descaracterizado, sem cuidados ecológicos e administrativo algum.
Até a ponte de tráfego ruiu por ali, de modo que hoje os automóveis sequer adentram a área mais externa destinada ao estacionamento.
A situação está tão feia que não têm nem coragem de cobrar a taxa de TENTATIVA de se estacionar.
Que milagre! Abriram mão da taxa do contribuinte...ali a coisa deve estar é feia por demais! Para rejeitarem dinheiro...
Bem, essa tragédia ecológica até que tem o seu lado bom, posto que parque nunca rimou com automóveis mesmo...
A televisão dos primeiros dias de ano novo não cansa de nos mostrar a outra tragédia SOCIAL , a da saúde pública, espalhada pelos quatro cantos do país.
Deveria haver uma medida provisória para que nenhum brasileiro adoecesse nos próximos anos, porque demandará muito tempo para os novos gestores arrumarem a casa toda caída, inclusive com a sua saúde pública falida.
Mas se alguém ousar adoecer imediatamente a lei dirá que a culpa obviamente será dos médicos que já não conseguem trabalhar por total falta de condições mínimas...e que sequer aprenderam na universidade a "operar"... milagres, bem, alguém tem que pagar os tantos patos nossos de cada dia.
A educação então...parou na aritmética da quinta série para tentar acertar a tabuada lá nas provas do Enem. Coisa de louco!
Não que eu esteja algo desiludida, longe disso, eu ainda acredito que algum milagre vai acontecer. Juro!
Afinal é ano novo!
Se, apesar do tudo, conseguimos chegar até aqui...tudo só poderá dar certo. Afinal, viva!- já é dois mil e treze , e mesmo depois de várias tentativas de acabarem com o mundo os políticos garantem que o mundo ainda está inteiro por aqui e eu acredito.
Ainda bem.Afinal Deus não é brasileiro? Tomara que Ele não desista da nacionalidade verde-amarela, para sanar este presente Brasil super resiliente aos políticos tão insistentes em acabarem com as últimas chances de sobrevivência digna.
Feliz 2013 a todos nós!
Esperança é virtude do espírito todavia resiliência é qualidade limitada da matéria, milagrosa por ora, e quiçá ambas se neguem a sucumbir mesmo aos inacreditáveis dias de hoje, frente a tantos "patos" impagáveis por parte dum povo acostumado a pagar e não levar.