Essa aproximação repentina e repetida (2 vezes em menos de um mês) entre Dilma e Eduardo Campos (PSB) está nos cheirando a "rasteira" nos planos do PMDB...

Razões :

. Aproxima-se a eleição para a presidência da Câmara. O candi-

dato mais cotado para vencer é o apresentado pelo PMDB ,

face ao tamanho da bancada desse partido e ao acordo polí-

tico PT x PMDB, através do qual, agora, a presidência da

Câmara e do Senado ficará para o PMDB.

. O PMDB, à frente dessas duas presidências, poderia atrapalhar

a gestão Dilma, já que o PMDB é especialista em chantagem

política e, no caso do não atendimento a algum pleito desse

partido pela presidente, ele - o partido em peso poderia votar

contra os projetos do Executivo (Dilma).

. Esse candidato mais cotado para vencer a presidência da

Câmara já esteve, há pouco tempo, às turras com a presidên-

cia da república, diante da recusa da presidente em aprovar

a indicação a um cargo, na esfera federal, de um apadrinhado

dele. Na ocasião, sem arrodeios, ele ameaçou boicotar os pro-

jetos apresentados pela presidente.

Face a tais premissas, a leitura que fazemos

dessa repentina e repetida aproximação dela - a presidente - com o

Governador de (?) Pernambuco, pelo PSB, é tentar (com o apoio dela e

da bancada do PT) emplacar o candidato Delgado, do PSB, apresentado

pelo Eduardo Campos.

Isso teria como consequências imediatas :

. Aproximaria mais ainda o PSB ao PT (que estiveram se es-

tranhando, em algumas capitais, na eleição para prefeito;

. Enfraquecer o poder de fogo do PMDB

. Reforçar a base de apoio federal (O PSB elegeu uma quan-

tidade significativa de representantes nessa última eleição.

Sua bancada passou a ser - salvo engano - a 3a. no Con-

gresso.

. Com tal aproximação - PSB/PT - já estaria em curso a ou-

tra "rasteira" no PMDB (já que a primeira seria a eleição do

candidato do PSB à presidência da Câmara) : o candidato

a vice-presidente na eleição de 2014 seria o que fosse a-

presentado pelo PSB (podendo esse, inclusive, ser o próprio

Eduardo Campos, no lugar do Temer), já que o Eduardo

Campos, mesmo com o desejo de disputar a presidência da

república, sabe que não teria muita chance de vitória se

enfrentasse Dilma.

. E, aí, o conchavo concluiria com a promessa do PT (leia-

se Dilma) de apoiar, para presidente da república, em

2018 o Eduardo Campos, que estaria, aí sim, com "capi-

tal político" suficiente para encarar e vencer o candidato

da oposição (Aécio).

Se não houvesse alguma das razões acima

listadas, que outra (s) haveria para justificar esse "namoro político" ul-

timamente entre a Dilma e o Eduardo Campos ?

O que acham dessas nossas conjecturas?

pedralis
Enviado por pedralis em 17/01/2013
Código do texto: T4089318
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