OPOSIÇÃO OU ENCENAÇÃO?

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.

Albert Einstein

Olhem ninguém é dono da verdade sozinho em pleno século XXI, levando-se em consideração de que rádio, televisão, jornal, livros, redes sociais, etc, estão a disposição de todas as pessoas letradas e ou não os 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias de cada ano. De modo que a palavra “oposição”, tem origem na língua latina “ab” mais “positio”, igual à ação de colocar na frente, ou de colocar-se na frente, de enfrentar os argumentos da “situação”. A educação formal e ou informal nos ensina de que em política, o termo “oposição” no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais, dos municípios do Brasil, designa a organização das forças contrárias ao governo: federal, estadual e municipal, à situação. É evidente de que não raro, tais forças são justamente representadas por um ou vários partidos políticos, como acontece nos regimes democráticos: bipartidário e pluripartidário.

A oposição tem uma missão muita alta e digna na vida política no regime democrático. É certo que sem uma oposição autêntica, a política sempre se deteriora e cai no servilismo, sem deixar de lado que é absorvida pelas tendências políticas do “quero, posso e mando”, da vontade de quem tem o poder de abrir e fechar o cofre da gestão pública. Assim sendo, a oposição tem como objetivo principal exercer a crítica justa e severa do governo: federal, estadual e municipal. É claro que nem sempre tem a pretensão de acertar o denuncia, o exige e pede providência.

A função de ser oposição no exercício do mandato popular de senador, deputado: federal, estadual e vereador, representante oficial do povo na sua base territorial: federal, estadual e municipal, é tão importante esta função que no regime democrático, quando a democracia é evoluída e ou desenvolvida, por exemplo, na Inglaterra, onde o líder da oposição é pago diretamente pelo erário da Coroa Inglesa, onde o regime é monarquia constitucional composta por quatro poderes: legislativo, executivo, judiciário e moderador, exercido pela rainha ou pelo rei daquele país.

Sabemos que a oposição, para ser autentica e responsável, seus membros: senadores, deputados, vereadores, devem visar sempre o objetivo da crítica social construtiva e jamais ceder a objetivos demagógicos tendentes a garantir o chamado revezamento no poder: federal, estadual e municipal. A oposição é forte e capaz de representar os anseios do povo, desde que seus membros não se envolvam em aliciamentos e negociatas com os gestores da situação em termos políticos e administrativos. Não adianta encenar para o povo afirmando no meio da rua ser membro ativo da oposição e quando das votações nas casas legislativas ficam calados, não criticam, não apresentam saídas favoráveis para atender a vontade da comunidade e as soluções dos problemas do povo fica para depois... “oposição” sobre submissão e cala boca, via pagamento de propina, levando-se em consideração que Arthur Schopenhauer enfoca que “por toda a parte o homem encontra oposição, vive continuamente em luta, e morre segurando suas armas”. Não acredito em oposição que cala para ouvir justificativas da situação, isso é encenar de oposição, que denota ser comprada e compromissada com as ações administrativas.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 25/06/2013
Código do texto: T4358403
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.