Os investimentos brasileiros em Cuba através do BNDS, ao contrário do que muita gente pensa, talvez por desinformação ou porque simplesmente é contra tudo que o governo Dilma faz (embora é preciso reconhecer que é um governo aquém do que se esperava quando foi eleito), não é jogar dinheiro fora ou simplesmente uma ajuda financeira ao país caribenho, o qual tem laços de amizade com o Brasil há décadas, muito antes de o PT chegar ao governo (aliás, a aproximação de fato se deu no governo do então sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB). O Brasil vem lutando há mais de trinta anos contra os subsídios aos produtores norte americanos de milho e derivados da cana de açúcar ao mesmo tempo que enfrenta altas taxas para a entrada desses produtos nos EUA. Uma forma de contornar as barreiras imposta pelos Estados Unidos é usar um país caribenho.na intermediação. Embora tenha sondado outros países, parece que o Brasil vem optando por Cuba. Outra razão para tanto investimento em Cuba, principalmente investimento privado (há diversas empresas privadas brasileiras trabalhando em parceria com o governo cubano), são justamente as oportunidades.  O governo cubano vem fazendo reformas, mesmo que lentas, em direção à economia de mercado, como fez a China nas décadas de setenta e oitenta. E com a abertura, Cuba precisará de empresas estrangeiras para suprir a demanda.  E o fato de o Brasil investir agora lhe dará preferência, uma vez que já estamos lá. E isso nos beneficiará. Portanto, investir em Cuba não é jogar dinheiro fora, e sim investir em novos mercados.

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Edmar Guedes Corrêa
Enviado por Edmar Guedes Corrêa em 04/02/2014
Reeditado em 04/02/2014
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