Não é quando a população começa a protestar contra o governo que se tem a certeza de que ele está perdendo o controle da situação embora isso também seja um sinal, mas quando esse governo começa a romper relações diplomáticas com outros países por criticar sua forma de lidar com esses protestos. Quando isso acontece, a legitimidade desse governo já não é reconhecida pelos seus cidadãos e então se usa a crítica externa como forma de criar uma legitimidade artificial, como se o país necessitasse de seu povo unido para lutar contra um inimigo externo. E são justamente esses passos que a Venezuela está dando. Nícolas Maduro perdeu toda a sua legitimidade, embora continue a ser apoiado por uma parcela considerável da sociedade venezuelana e por vários de seus vizinhos (inclusive pelo Brasil), o que ainda permite que ele possa se sustentar no poder. O rompimento das relações diplomáticas com o Panamá, pais do qual a Venezuela dependo por causa do Canal do Panamá, é o sinal mais contundente de que Maduro, para se manter no poder, terá de radicalizar ainda mais, o que levará a Venezuela a uma revolta popular ou a um golpe Militar num futuro bem próximo. Basta que alguns de seus vizinhos virem-lhe as costas e adeus Revolução Bolivariana.

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Edmar Guedes Corrêa
Enviado por Edmar Guedes Corrêa em 09/03/2014
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