Breve Introdução: A Vida e a História de Thomas Hobbes.

Breve Introdução: A Vida e a História de Thomas Hobbes.

O filósofo e cientista Thomas Hobbes nasceu em 5 de abril de 1588 na cidade de Westport perto de Bristol e faleceu em 4 de dezembro de 1679.

Seu pai também Thomas Hobbes, um clérigo anglicano, homem muito truculento sumiu após uma briga na porta de sua igreja deixando seus filhos a responsabilidade de um dos seus irmãos.

Foi colocado na escola da igreja de Westport, posteriormente em uma escola privada, mais tarde foi estudar na universidade de Oxford, formou-se no ano de 1608, no tempo em que a coroa inglesa pertencia a Jaime I anos de 1603- 1625.

Foi preceptor de William Cavendish, tornando mais tarde duque de Devonshire, tornando amigo de famílias importantes na Inglaterra com influência política.

Realizou viagens importantes a França como a Itália, podendo verificar que a filosofia de Aristóteles estava sendo desacreditada devido o que estava sendo ensinado em Oxford com as descobertas de Galileu e Kepler.

Aconteceu um fato muito interessante que deve ser refletido, Hobbes ajudou Bacan em alguns dos seus ensaios realizando também algumas traduções para o latim isso entre os anos de 1621 a 1625.

Decidiram então pela tradução da obra de Tucídidas, historiador grego e analista político, o motivo dessa escolha foi em razão de uma análise formulada pelo mesmo a respeito da guerra do Peloponeso.

Existia uma razão para a escolha desse autor, publicação efetivada no ano de 1629 muito possivelmente aconteceu em função das preocupações de Hobbes devido às agitações políticas na Inglaterra.

Representava, portanto, um aviso seu contra a democracia que tinha enfraquecido a antiga Atenas, levando a cidade sua própria derrota.

Durante sua estada na França no ano de1629 a 1931, ele estudou Euclides além de outros temas relacionados com Filosofia, mas chamado de volta a Inglaterra para ser preceptor de outro filho William Cavendish.

Durante uma terceira viagem realizada a França nos anos de 1634 a 1637 ele encontrou se com Marin Mersenne, exuberante matemático e teólogo e em 1636 em contato com os trabalhos de Galileu e René Descartes, sendo que Thomas Hobbes ficou profundamente impressionado.

Num encontro de intelectuais, alguém perguntou o que é o sentido, ninguém soube responder, a sua resposta usando argumentos de Galileu impressionaram a todos se todas as coisas materiais estivessem em repouso ou em movimento uniforme não poderia acontecer nenhuma forma de distinção.

Logicamente não teria percepção.

Desse modo respondeu a causa de tudo, do próprio saber e do entendimento do mesmo encontra-se no movimento das coisas e de suas causas, essa ideia foi lançada no seu primeiro livro filosófico ficando famoso como filósofo.

Posteriormente em uma pequena resenha denominada dos primeiros princípios ele organizou uma trilogia filosófica: De Corpore, demonstrando que os fenômenos físicos são explicados em termos de movimento, influência naturalmente de Galileu publicado em 1655.

O segundo trabalho: De Homine, o que se trata especificamente do movimento envolvido no conhecimento e o apetite humano, publicado no ano de 1658.

Por último seu trabalho De Cive, que refere a organização social que foi publicado em 1642.

No ano de 1637 a Inglaterra que se encontrava próximo a uma guerra civil, decidiu publicar imediatamente o De Cive, publicando mais tarde seu famoso trabalho em 1640 com o título: Elementos da Lei Natural e Política, o De Cive e o Leviatã o que irritou profundamente os monarquistas, por defender o contrato social.

A crise transformou em aguda em 1640, Hobbes volta rapidamente a Paris e reintegra ao círculo de Mersenne, escrevendo as objeções às ideias de Descartes publicando em 1642.

Em paris escreve sua obra prima O Leviatã, um estudo filosófico a respeito do absolutismo político que com a queda da monarquia inglesa, a obra foi publicada em seguida em 1551 englobando o seu pensamento político.

No final do livro colocou que os súditos tinham o direito de abandonar o soberano quando o mesmo não podia fornecer mais proteção ao povo em favor de um novo soberano que pudesse fazê-lo.

Essa posição foi tida como ofensa ao herdeiro de Carlos II, exilado em Paris enquanto a república sucedia a Carlos I na Inglaterra, ele foi entendido como oportunista e repudiado pelos exilados de Paris, sendo que o governo francês tinha como suspeito devido também seu ataque ao papado.

Em fins de 1951 volta à Inglaterra com a finalidade de estar em paz com o novo regime, com 63 anos vive mais alguns anos publica outros livros a respeito do conhecimento desenvolvendo a teoria do determinismo psicológico.

Em 1660 Carlos II retoma o poder com a restauração da monarquia e Hobbes passa ser atacado por ter escrito o Leviatã em defesa do líder puritano Oliver Cromwell deixando o rei em desgraça.

Apesar de toda crítica, Carlos II manteve Hobbes na corte e lhe deu uma pensão generosa, e tinha seu retrato nos aposentos reais. Entretanto o parlamento votou uma lei contra o ateísmo colocando novamente em perigo.

Então com idade avançada queimou seus escritos, sendo que a lei foi desfeita mais tarde pelo próprio parlamento, o que foi bom para Hobbes.

Mas Hobbes não teve mais permissão de publicar nada relacionado com a conduta humana, condição imposta pelo rei, para lhe dar proteção.

Hobbes morreu em 1679, famoso no exterior apesar de detestado por muita gente na Inglaterra. Sua reputação foi superada pela de John Locke, somente no século XVIII, seu pensamento ganhou importância, hoje é um dos maiores teóricos da política no mundo em todos os tempos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 28/03/2014
Reeditado em 28/03/2014
Código do texto: T4747113
Classificação de conteúdo: seguro