Os dois pesos e as duas medidas do governador da Bahia, Jaques Wagner...
Ninguém mais que nós deseja que as denúncias
de suposto abuso sexual atribuídas ao, agora, ex-secretário dos direitos humanos, Almiro Sena, sejam apuradas para que as punições devidas
sejam aplicadas.
O governador, usando o argumento da gravidade das
denúncias (AINDA NÃO APURADAS), achou por bem demitir tal secretá-
rio.
Entretanto, há poucos dias, foram publicadas denúncias graves de possível corrupção do ex-ministro Mário Negro- monte (seu elo com o corruptíssimo Youssef - inclusive ele - Negromon-te, que fez uso COMPROVADO de DOCUMENTO FALSO, com o qual ele se passava por outro nos encontros com o referido Youssef) e, mesmo
assim, O MESMO GOVERNADOR JAQUES WAGNER FORÇOU A BANCADA
DOS PARTIDOS ALIADOS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA A APROVAR
A NOMEAÇAO DESSE NEGROMONTE (de quê não se sabe) PARA O CAR-
GO (pasmem !) DE CONSELHEIRO/FISCAL DO TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO.
Quando inquirido sobre o porquê de ter aprovado
tal indicação desse senhor para tal cargo, o governador alegou que,
ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO, o Negromonte era inocente.
Por que ele, Jaques Wagner, não agiu do mesmo
modo (até prova em contrário, o Almiro Sena seria inocente) quando
determinou a exoneração desse secretário, sem lhe dar o direito de
defesa ?
Será que dá para responder, governador ?