“Reaças, Conservadores e Fundamentalistas ...”

Reflexão de Fernando Alberto

Acho que estamos numa guerra semântica nestes últimos dias. Digo assim porque novas expressões tem sido acrescentadas no vocabulário daqueles que, hoje no poder governamental , rejeitam as críticas com veemência e estabelecem apelidos, os mais variados, na direção daqueles que as efetivam. O mais interessante é que o assunto, base da crítica direcionada, fica secundarizado. A ênfase predileta estaciona-se no ato de tentar menosprezar pejoratirizando ou estabelecendo apelidos nada amistosos aos discordantes. Desta maneira vimos nascer expressões como “reaças, coxinhas, conservadores, fundamentalistas”, dentre outros mais. E apelidar ou xingar se torna mais importante do que esclarecer.

Não peça para um petista lhe dizer o que achou do aumento da taxa de juros, o que Dilma disse que o seu adversário de campanha pretendia fazer. Não peça ao mesmo que fale sobre o ajuste ao qual Mantega, atual ministro da economia, se referiu no tocante aos ajustes que se farão, os quais ameaçam até as conquistas que os trabalhadores comuns auferiram com o passar do tempo. Não peça que lhe explique sobre o impacto da inflação ou sobre o déficit que se abateu sobre a economia brasileira. Não pense que lhe dirá que acha errado o uso dos Correios durante as eleições ou da mala de dinheiro encontrada com o apoiador da campanha de Pimentel em Minas Gerais. Não pense que ele reprovará o apoio que o seu partido dá aos ditadores de Cuba e de outros países que seguem a desastrosa linha do assassinato à democracia. Não imagine que ele chamará os terroristas Islâmicos de terroristas, são “lutadores por causas revolucionárias” e por isso não importam os motivos e os meios. Quando você expõe estes dados, recebe em contrapartida algum apelido.

Pensando nisto resolvi definir estes apelidos com uma nova leitura. Por exemplo: Quando alguém me chama de “reaça”( muito embora jamais entenda isto como um linguajar próprio da língua portuguesa) tento interpretar e dar um novo sentido à atrocidade verbal. Chamam-nos de “reaça” porque discordamos do assalto que esta gente anda realizando ao erário. “Reaça” penso eu que se refira a tal atitude reacionária, a tentativa de livrar o Brasil desta corrupção endêmica institucionalizada. Nestes sentido não somos apenas “reaça” mas potencialmente re-agentes. Agimos e voltamos a agir para explicitar os males desta gestão tresloucada e irresponsável do PT que converge, desde os ataques desferidos contra os princípios éticos – familiares até ao bojo da vivência democrática desta nação. Reagimos e reagiremos sempre contra os princípios da corrupção, contra as ações subliminares de uma postura despótica e anti-democrática, contra os porões espúrios de uma ideologia estranha aos princípios e bases da nação Brasileira e sobretudo contra a prática de deslavadas mentiras que sugestionem a nossa idiotice.

Ao nos apelidarem de conservadores, tentando nos apresentar como ultrapassados ou atrasados conceitualmente, cometem o terrível equívoco de reafirmar o que realmente somos. Sem a ação conservadora, aquilo que é fresco e útil se perde. O sal é um dos históricos elementos de conservação. Jesus nos disse que, como igreja, nossa identidade é a de Sal da terra e Luz do mundo. Se tem algo que em potencial pode tornar-se empecilho ao apodrecimento da sociedade com um todo é a ação conservadora deste sal vivencial que se reflete em atitudes de vida pautadas em princípios e valores dignos de menção. Conservar não é ruim, como alguns querem fazer crer. O que não se conserva se estraga. Por isto somos de fato conservadores, não de ideologias mas de princípios, especialmente princípios que nos mantém na direção de uma nação democraticamente liberta de guetos conceituais e dominadores.

Fundamentalismo para quem nos apelida é associado ao mais terrível que hoje vemos na face da terra – o terrorismo fundamentalista islâmico. Ora, que dualidade, na Onu sua madrinha brasileira os defendeu. Um verdadeiro paradoxo. Mas existe o sentido positivo do fundamentalismo que eles desconhecem, ou pelo menos fingem desconhecer. Fundamental é aquilo que é imprescindível, o fator “si-ne-qua-non”, a base, o cerne estrutural. Tudo que existe e permanece está pautado em fundamentos pré-estabelecidos e consolidados como verdade através dos tempos. Aquilo que está desprovido de fundamentos se esvai, desvanece, vem a ruir, desaba e atinge à muitos. A queda dos muros de Berlim, a implosão da antiga União das Repúblicas Soviéticas, sucumbindo ante a livre economia mundial e aos auspícios democráticos, fatores assim revelam quem são os verdadeiros fundamentalistas dos atraso que hoje operam em nossa nação. Nossas alianças Geo-políticas nos fazem refletir sobre como é bom ser “inovadores”. Inovamos trazendo “Médicos” cubanos, importando treinadores de guerrilha da Venezuela ( que entram armados em nossa nação – verdadeiros arautos da paz), construindo portos fora da nossa nação, comprando empresas falidas, dentre outras “novidades” mais.

Concluo dizendo que somos nós, aqueles que amam e defendem um Brasil verdadeiramente fundamentalista, estabelecido nos fundamentos da democracia, da liberdade de imprensa, dos valores de família, da livre iniciativa; somos nós que ainda veremos triunfar nesta nação, para o bem das pessoas de bem, dos nossos filhos e netos, um Brasil forte, fundamentado na Rocha, jamais descaracterizado e sempre estabelecido em sua real vocação de Ordem e Progresso.