Campo da Possibilidade

Dizem que a censura é inexistente aqui no Brasil. Mas se a censura é inexistente, qual nome devemos dar à omissão de fatos, às notícias apelativas ou mal contadas e, principalmente, às notícias tendenciosas?

Sim, não é uma censura. Ao menos não como o nome se mostra. Mas será que os profissionais da verdade, nossos caros jornalistas, têm tanta liberdade como imaginam ou dizem ter?

Penso que é uma pergunta pertinente para o momento em que vivemos. E digo mais:

A credibilidade para um jornalista é tudo, pois de suas palavras provém a mútua reação. Escutamos sem questionar a informação que nos é passada e aderimos a ela.

E aí mora um enorme perigo! Eu me explico:

Se uma notícia é mal contada ou tendenciosa, as pessoas não sabem, pois confiam em seus jornalistas e, aderem erroneamente a ela.

Portanto insisto na pergunta:

Será que nossos jornalistas têm tanta liberdade?

Bem ou mal, eles são empregados e devem obedecer a uma hierarquia de interesses.

E que me perdoe a parte bem intencionada e comprometida com a verdade.

E me explicando novamente, eu prefiro acreditar que exista uma hierarquia opressora do que pensar que existam profissionais jornalistas alheios à verdade, portanto, incapacitados para a sua função que é transmitir uma informação real e comprometida com a verdade.

Me atendo ao que já disse, tento sair de minha tese sem apontar dedos e plantar acusações. Que fiquemos no campo da

possibilidade.

Entenda-se que o campo das palavras é um campo minado. Quando se afirma algo, tem que provar o que se está dizendo, caso contrário, suas palavras são difamatórias e sem sombra de dúvidas, sujeitas a penalidades, inclusive prisão a quem divulga as palavras.

Logo, o campo da possibilidade é mais atraente. Pisando em ovos ou não, passa-se uma idéia à frente, sem comprometer a credibilidade de quem escreve.

Mas a vantagem principal é que, passa uma idéia que, permite a quem está lendo, tirar conclusões por si só.

O nome disso é seriedade.

PS. Este Artigo foi publicado em sites já extintos entre setembro e outubro de 2009 e enviado por emails para alguns contatos e tem a autoria de Maicon Merlin.

Maicon Merlin
Enviado por Maicon Merlin em 20/12/2014
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