Lampião: o cangaço e o imaginário popular

No final do século 19, a maior parte da população brasileira, ainda, vivia no campo. Com a Proclamação da República não houve melhoria para os trabalhadores. No litoral e no interior existiam os grandes latifúndios quase sempre improdutivos, que eram os grandes responsáveis pela pobreza nas áreas rurais. Assim, tivemos vários movimentos sociais pelo Brasil. Entre eles, o cangaço, no sertão nordestino, entre os fins do século 19 e início do século 20.

Ou seja, uma forma de resistência contra a opressão no campo. Era uma sociedade rural complexa e cheia de antagonismos. Aliás, alguém já escreveu que na busca de uma solução para os problemas da miséria, da seca e da fome, muitos sertanejos se uniram aos cangaceiros. Mais: é um tipo de revolta inconsciente, que não visava melhoria das condições de vida nas áreas rurais pobres. O cangaço não tinha um projeto político de mudança da realidade. De outro lado, praticavam o sequestro a mando ou não. Tem mais, a vingança era uma das formas mais violentas que se utilizavam para aterrorizar. O mais temido dos cangaceiros foi Virgulino Ferreira da Silva (1900-38), Lampião, que nasceu em Serra Talhada (PE). Antes de ser cangaceiro, foi vaqueiro e tropeiro. Ele conhecia bem o sertão. Num episódio banal foi levado à prisão. Seus irmãos o libertaram à força. Com a morte de seu pai, por volta de 1917, Lampião entrou para o cangaço.

BANDITISMO SOCIAL

É verdade que o cangaço representou uma ameaça para a jovem República, implantada em 1889, para os coronéis e para a Igreja Católica. Ou seja, a ordem oligárquica. Como é sabido, atacavam a propriedade dos seus inimigos e defendiam seus chefes políticos. E tem mais ainda, os cangaceiros vagavam pelo sertão e cometiam os mais diversos crimes... Depois sumiam. Por isso, era preciso acabar com ele [cangaço] o mais rápido possível.

Para o sociólogo Carlos Alberto Dório, ''o bandido social é, em geral, membro de uma sociedade rural e, por razões várias, encarado como bandido ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado herói por sua gente, seja ele um justiceiro, um vingador, ou alguém que rouba dos ricos''. A verdade é uma só: para muitos nordestinos, Lampião é um verdadeiro herói. Pois bem, em 27 de julho de 1938, no sertão de Sergipe, na fazenda Angicos, Lampião, sua mulher Maria Bonita (Maria Gomes de Oliveira) e seu bando foram emboscados pela polícia e mortos. Eles tiveram suas cabeças decepadas. No governo de Getúlio Vargas (1930-45) o cangaço acabou.

ATENÇÃO! CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DE SEUS TRABALHOS!

Entregue as respostas numa folha de caderno universitário (Folha Grande). Exemplo: 1A. Use letra maiúscula. Dê uma à outra resposta, deixe espaço de duas (2) linhas. Você pode colocar as respostas no mesmo lado da folha. Sua escrita deverá ser legível. Identifique o seu trabalho, por exemplo, ''Revolta da Vacina''. Não esqueça o seu nome, o número e a série. Lembre-se: cada questão tem uma resposta. Não esqueça o prazo de entrega. Não descuide da Estética de seu trabalho (apresentação). Um detalhe importante: trabalho sem nome será desconsiderado. Não rasure.

NAS QUESTÕES OBJETIVAS ABAIXO, MARQUE UM X

Lembre-se que ao entregar as respostas das questões abaixo, use letra Maiúscula. Dê uma à outra resposta, deixe espaço de duas (2) linhas. Você pode colocar as respostas no mesmo lado da folha.

1."O bandido social é, em geral, membro de uma sociedade rural e, por razões várias, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado herói por sua gente, seja ele um justiceiro, um vingador, ou alguém que rouba dos ricos." (Carlos Alberto Dório, SAGA. A Grande História do Brasil). A República Velha sempre tratou as questões sociais como caso de polícia e não de política; o que apenas serviu para agravar a situação e despertar a ira dos miseráveis que muitas vezes procuraram fazer a justiça pelas próprias mãos, pois ou morriam de fome ou morriam pelo menos lutando. O texto e a reflexão acima, indicam o movimento social do (a):

a) Cangaço.

b) Contestado.

c) Canudos.

d) Cabanagem.

e) Balaiada.

2. Embora fossem movimentos ligados à questão agrária e a falta de justiça no campo Canudos e o Cangaço possuem finalidades distintas. Em relação a esta diferenciação dos objetivos do Cangaço e de Canudos podemos afirmar como correto que:

a)O cangaceiro tinha um fim social na sua prática, pois busca a posse da terra e a justiça social, saqueando e roubando dos ricos para doar aos pobres. Eram considerados os justiceiros pobres.

b)O cangaceiro não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando a violência.

c)O cangaceiro é um tipo de bandido social que procura aplicar a justiça contra os desmandos dos poderosos no sertão nordestino.

d)Canudos não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando o fanatismo religioso.

e)Canudos tinha um fim social, mas não busca a posse da terra apenas a justiça social mesmo que fosse alcançada por métodos violentos justificados pelo fanatismo religioso.

3. No final do século XIX e início do século XX o Nordeste foi assolado pelos cangaceiros, bandos armados que roubavam, sequestravam e matavam em seu próprio benefício ou a serviço de chefes políticos. Contribuíram para o aparecimento desse grande contingente de marginalizados:

a) os movimentos revolucionários republicanos dos fins do Império.

b) a grande migração de nordestinos para a colheita da borracha na Amazônia.

c) a propaganda da guerrilha comunista entre os camponeses.

d) o processo de urbanização e industrialização que expulsou muitos camponeses de suas terras.

e) a concentração da propriedade, o aumento demográfico e os efeitos da seca.

4.O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época:

a) cidadania restringida pelo voto censitário

b) analfabetismo predominante nas áreas rurais

c) criminalidade oriunda das taxas de desemprego

d) hierarquização derivada da concentração fundiária

5. Leia com atenção os versos de cordel a seguir.

“Ele matava de brincadeira,

Por pura perversidade,

E alimentava os famintos

Com amor e caridade.”

“Por onde Lampião anda,

Minhoca fica valente,

Macaco briga com onça

E o carneiro não amansa.”

( HOBSBAWN, Eric. Bandidos. Rio de Janeiro: Editora Forense-Universitária, 1976. p. 55.)

Nesses versos, a figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, apresenta algumas características conflitantes e muito valorizadas dos grupos de cangaceiros que circulavam pelo sertão, na primeira metade do século XX. Essas características, que despertavam respeito e identificação da população pobre do sertão com esses grupos, era(m)

(A) o desprezo pela própria vida e pela vida alheia.

(B) a violência em alguns momentos e, em outros, a bondade para com os pobres.

(C) a covardia simbolizada pelas minhocas e, por vezes, a valentia simbolizada pela onça.

(D) a obediência às palavras do Evangelho - dai pão a quem tem fome - e às palavras da lei republicana, propondo a justiça social no sertão.

(E) a fraqueza diante dos policiais e a valentia para enfrentar os camponeses.

6. O filme brasileiro, Baile Perfumado, de 1996, conta a história de um libanês que filmou as imagens do cangaceiro Lampião e sua mulher, Maria Bonita. A raridade das imagens do mais famoso bandido do país ainda desperta a atenção de vários cientistas sociais. Sobre o Cangaço, podemos afirmar:

(A) Intitula-se Cangaço a ação de Lampião contra a religiosidade popular do Padre Cícero, líder religioso que pregava contra o Estado e contra os fazendeiros de Pernambuco.

(B) O Cangaço ficou conhecido pelas atitudes violentas do bando de Lampião e de Maria Bonita, mas elas foram legitimadas pela generosidade do casal em relação à população mais pobre.

(C) Conhecido pelo nome de Rei do Cangaço, Lampião representou a luta dos fazendeiros contra o governo central, naquela época liderado por Getúlio Vargas.

(D) Denomina-se Cangaço um movimento rural ocorrido no sertão nordestino entre os fins do século XIX e início do século XX; exemplo do chamado banditismo social.

7. (Modificada) O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época:

(A) cidadania restringida pelo voto censitário

(B) analfabetismo predominante nas áreas rurais

(C) criminalidade oriunda das taxas de desemprego

(D) hierarquização derivada da concentração fundiária

8. Leia, com atenção, os versos populares abaixo:

“Pra havê paz no sertão

E as moça pudê prosá

E os rapaz pudê casá

E os meninos diverti

É preciso uma inleição

Pra fazê de Lampião Governador do Brasil.”

(Fonte: ALENCAR, Chico et alii. História da Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996, p. 263.)

Analisando os versos, acima apresentados, pode-se afirmar que:

a) Lampião simbolizava, na cultura popular, a esperança de melhores dias;

b) a maioria dos sertanejos rejeitava Lampião e os versos eram originários da propaganda comunista;

c) o surgimento do Cangaço, concomitante à valorização dos cantadores populares, ocorreu no final do Regime Imperial;

d) Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, notabilizou-se pelo seu envolvimento na Revolta de Canudos;

e) o crescimento do número de cangaceiros, no Nordeste, deveu-se ao declínio do Coronelismo.

9. A República não trouxe melhoria nas condições de vida da imensa população rural brasileira. A consolidação do sistema oligárquico e do coronelismo representou a submissão do trabalhador rural ao poder violento e inexorável do chefe local. Neste contexto,

(A) a miséria, a fome, a perda de terras e roças, as secas e as arbitrariedades dos “coronéis” geraram o cangaço e, consequentemente, o Lampião.

(B) o impedimento da população rural viver com autonomia, a pretensão da Igreja de manter os fiéis sob seu controle, estimularam a criação de Lampião.

(C) as rebeliões de protesto contra a trágica opressão e miséria, mescladas a uma profunda religiosidade, deram origem ao banditismo rural e a Lampião.

(D) o cangaço com a liderança de Lampião foi resultado de alterações políticas, que estabilizaram antigas formas de dominação e de organização social.

E) a orientação política consciente de líderes rurais, contra a opressão e a miséria da população, deu origem ao cangaço e, em consequência, ao Lampião.

10.A questão refere-se ao trecho da carta, enviada por Lampião ao governador de Pernambuco, Júlio de Melo, em dezembro de 1926. Senhor governador de Pernambuco, suas saudações com os seus. Faço-lhe esta devido a uma proposta que desejo fazer ao senhor para evitar guerra no sertão e acabar de vez com as brigas. [...] Se o senhor estiver no acordo, devemos dividir os nossos territórios. Eu que sou capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão, fico governando esta zona de cá por inteiro, até as pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do seu lado, governa do Rio Branco até a pancada do mar no Recife. Isso mesmo. Fica cada um no que é seu. Pois então é o que convém. Assim ficamos os dois em paz, nem o senhor manda seus macacos me emboscar, nem eu com os meninos atravessamos a extrema, cada um governando o que é seu sem haver questão. Faço esta por amor à Paz que eu tenho e para que não se diga que sou bandido, que não mereço. Aguardo a sua resposta e confio sempre. Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão.” (MACIEL, Frederico Bezerra. Lampião, seu tempo e seu reinado. Petrópolis: Vozes, 1987, v. 3)

O fenômeno do cangaço, de acordo com o texto, caracteriza-se pela(o)

a) instituição política partidária, representando os interesses das populações rurais.

b) frente de mobilização sertaneja, objetivando a ocupação dos latifúndios pecuaristas.

c) grupo armado, exercendo seu poder tradicional sobre regiões excluídas da modernidade.

d) movimento separatista, visando romper o pacto federativo oligárquico no sertão nordestino.

11. Em 1938, a polícia de Alagoas venceu o bando de Lampião e degolou seus dez principais integrantes, inclusive a célebre Maria Bonita. Desde então, criou-se um rico imaginário popular sobre o cangaço. Sobre a organização política nordestina e sua relação com o cangaço, marque a alternativa CORRETA:

a) A derrota de Lampião foi considerada um ato de justiça, uma vez que o cangaço ameaçava, sobretudo, os pequenos proprietários e a população de agregados que viviam nas fazendas.

b) A derrota de Lampião teve como contrapartida o estabelecimento de uma nova ordem política em que os direitos dos cidadãos no campo, principalmente no que diz respeito à legislação trabalhista, foram

assegurados na forma da lei.

c) No Nordeste, predominavam as relações familiares e de compadrio. Lampião associara-se, muitas vezes, a fazendeiros e era percebido como um justiceiro no sertão nordestino.

d) A morte de Lampião representou uma derrota para a oligarquia nordestina, pois Lampião era um servidor dos ricos coronéis do sertão.

e) A morte de Lampião propiciou a formação de um pacto político entre fazendeiros e autoridades, visando a fomentar uma política de distribuição de terras para evitar a formação de novos bandos armados.

12. “Já mataram Jesuíno Acabou-se o valentão! Morreu no campo de honra Sem se entregar à prisão”. A Poesia popular se refere a um dos grandes nomes do cangaço brasileiro, Jesuíno Brilhante, que integrou um conjunto de práticas sociais conhecidas como "banditismo social". Sobre estas práticas, pode-se dizer que

A) Virgulino Ferreira, o lampião, foi seu representante mais famoso e temido. Seu bando praticou ações ousadas até 1938, quando ele e Maria Bonita, sua mulher, foram mortos pela polícia.

B) o bandido social era visto pela população como um herói, um vingador contra os poderosos os quais não temia.

C) ligavam-se sempre a um coronel proprietário.

D) surgiram em função dos conflitos que assolavam a sociedade nordestina, na época, a mais rica do país.

E) o Estado via com bons olhos este armamento da população, pois lhes poupava o papel de pacificar a região.

13. O Cangaço foi um dos movimentos que aconteceu no nordeste brasileiro nas décadas de 1920 e 1930, e teve na figura de Lampião, cujo nome verdadeiro era Virgulino Ferreira da Silva o mais temido cangaceiro do sertão. Quanto à morte de Lampião, é correto afirmar que se deu em:

a) uma luta armada com um dos coronéis do sertão.

b) uma emboscada e teve seu corpo queimado na frente de sua mulher Maria Bonita.

c) uma luta corporal, por ciúmes de sua mulher Maria Bonita.

d) uma emboscada junto com sua mulher Maria Bonita e teve sua cabeça decepada.

e) uma luta armada para evitar a morte de seu filho.

14. O nordeste brasileiro enfrentou no início da República duas importantes manifestações populares: Canudos e o Cangaço. Tais movimentos trouxeram muitos incômodos ao governo republicano, aos coronéis e também à igreja católica. Sobre esses movimentos e o governo que atuou sobre eles é possível dizer que

(a) Canudos e o Cangaço foram reações populares, sem fins políticos, a um governo recém-implantado e ausente, quanto aos problemas existentes no nordeste do final do XIX e início do XX. Vale lembrar que esses movimentos acabaram por formar uma espécie de pequenos “governos” dentro da República Brasil, uma vez que possuíam leis e regras próprias e ignoravam as ordens republicanas.

(b) o governo negociou com esses grupos através de enviados, como foi o caso de Euclides da Cunha em Canudos, porém tais negociações, apesar de todos os esforços do governo, encontraram uma grande resistência por parte dos sertanejos que estavam dispostos à guerra para derrubar o governo republicano.

(c) Lampião, Antônio Conselheiro e Padre Cícero encabeçaram esses grupos, liderando uma ação organizada contra o governo republicano, já que este se colocava alheio aos graves problemas enfrentados pelo nordeste desse período. Vale lembrar que esses personagens padecem ao final de morte violenta pelas mãos republicanas.

(d) os movimentos possuíam um cunho monarquista, e atuavam como defensores da moral perdida pela chegada do novo regime republicano. Tal atitude levou o governo de Prudente de Moraes a tomar medidas drásticas, como no caso de Canudos, onde expedições do exército foram realizadas até retirá-la de vez do mapa.

(e) com Canudos o governo atuou de maneira mais condescendente uma vez que percebeu serem sertanejos pobres e desprovidos de bens e armas, por isso ao final da guerra fechou um acordo dando a esses sertanejos pequenos pedaços de terra a título de reconstrução de suas vidas. Já com os cangaceiros não houve acordo, o governo colocou suas cabeças a prêmio, e assim eles foram entregues.

15. Fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX, tem suas origens em questões sociais e fundiárias, caracterizando-se por ações violentas de grupos ou indivíduos isolados. Viviam perambulando pelo sertão brasileiro, praticando crimes, fugindo e se escondendo. Assinale a alternativa que apresenta o fenômeno social referido.

(A) Guachebas

(B) Cristeros

(C) Cangaço

(D) Quilombolas

16. - No dia 28 de julho de 1938, há 76 anos, Lampião, sua mulher e

mais nove cangaceiros foram cercados e mortos na fazenda Angicos, no

atual município de Poço Redondo-SE. O restante do grupo escapou da

volante de Alagoas. Mas a partir dali, o movimento do Cangaço estava

fadado ao fim. O ocorrido ainda marca a memória de populações do

Nordeste e mobiliza pesquisadores de várias regiões; inspira obras de

arte; anima expressões folclóricas, envolve atividades do turismo e

reproduz-se nos meios de comunicação. Todos eles, a sua maneira,

ainda reinventam e se apropriam de representações do Cangaço. Sobre

este fenômeno sociológico é pertinente afirmar:

I . Foi um movimento social ocorrido no sertão nordestino durante o

fim do século XIX e início do século XX. Ele está relacionado à disputa

da terra, ao coronelismo, a vinganças familiares, à revolta pela situação

de miséria no Nordeste e ao descaso do poder público;

II. Foi um movimento pela paz no sertão nordestino iniciado por

trabalhadores rurais sem terra, durante a República Velha (1889-1930)

que influenciou o surgimento de grupos de justiceiros como os de

Lampião;

III. O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva (1897-

1938), o Lampião. No entanto, não se tem imagens sobre ele que atuou

nas décadas de 1920 e 1930 em quase todo o Nordeste do país. Por um

lado, suas ações eram consideradas criminosas pelas autoridades, e por

outro, eram símbolo de bravura e de honra para parcela da população da

região;

IV. O Cangaço permaneceu vivo por tanto tempo na história do Brasil

porque os próprios latifundiários desejavam. Eles o mantinham ativo,

pois era alternativa para cobrança de dívida e uma possibilidade para

formar os exércitos mercenários em caso de disputas entre famílias;

V. O fenômeno do Cangaço só foi extinto por ação do Estado no

governo de Getúlio Vargas, após abalar interesses de negócios e

investimentos empresariais na região. Todos os cangaceiros que não se

rendiam eram mortos. Vários deles foram degolados como forma de

demonstração do que aconteceria com os que não saíssem da vida

cangaçeira.

Assinale a alternativa correta de acordo com as assertivas acima:

a) Apenas a alternativa V está correta;

b) As alternativas II e III estão incorretas;

c) As alternativas I, IV e V estão incorretas;

d) As alternativas I, III e IV estão corretas;

e) As alternativas III e V estão incorretas.

17. (Modificada) As realidades são as mesmas: tanto o Cangaço e Canudos têm a mesma origem, na medida em que:

a) o catolicismo rústico não fazia parte do cotidiano destes movimentos sociais.

b) ambos foram uma forma de denúncia contra a seca, miséria e arbitrariedade dos coronéis.

c) a solução dada pelo governo, tanto em Canudos como no Cangaço, foi integrar pacificamente o sertanejo à civilização.

d) o banditismo social era fortemente repudiado pela população local camponesa, que apoiava ações violentas do Estado.

e) os dois episódios foram organizados por líderes monarquistas que pretendiam derrubar a república.

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Filosofiaehistoriafacil
Enviado por Filosofiaehistoriafacil em 28/01/2015
Reeditado em 05/08/2017
Código do texto: T5116686
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