Sentimento de Derrota

Parece que o sentimento de humilhação que nos arrebatou na derrota de sete a um sobre a seleção brasileira na copa do mundo do ano passado, em nossa própria casa, não teve ainda o seu fim. A vergonha continua com uma lavada de gols marcados, escandalosamente, contra a diginidade do cidadão brasileiro, só que, agora, a nossa seleção é formada de autoridades públicas e do alto empresariado, naturalmente ladeados de figurinhas espúrias, ratos abjetos dispostos a cometer qualquer falcatrua na conquista do enriquecimento a qualquer preço e, sobretudo, ilícito, criminoso! Ao contrário dos nossos governantes, o Felipão, pelo menos, assumiu toda a responsabilidade do inimagínável fracasso de sua seleção.

A presidenta, como gosta de ser chamada a Presidente do nosso país, perambula estonteada, como o Felipão, assistindo um fiasco atrás do outro e a goleada , só que contra, cometida pelos jogadores, melhor dizendo: operadores do seu próprio time!

No linguajar da bandidagem: A casa caiu! Pelas razões diariamente noticiadas incessantemente pela imprensa: Mensalão, mensalinho, petrolão, apagão aéreo, falcatrua nos correios, dólares na cueca, caseiro Francenildo, Erenice 6%, Palocci milionário, escândalos das operadoras de telefonia, mudança da lei para compra da BRT, financiamento de porto em Cuba, renegociação de contrato de Itaipu, beneficando o Paraguai, financiamentos suspeitos do BNDES, expropriação da Petrobrás pelo governo de Evo Morales, da Bolívia, contratação de médicos de Cuba, com intermediação e vantagens irregulares segundo a legislação brasileira, contratos superfaturados de aviões caças, intervenção pública na internet de críticas ao governo, gastos impróprios de cartões corporativos, irregularidades no Ministério dos Transportes, da Pesca, caso Rose, falcatrua na compra e venda da refinaria de Pasadena, empréstimos privilegiados e tramóias no caso Eike, corrupção bilionária na Petrobras, inflação sem controle,etc, etc. etc.

Essas sequências de passes mancos e de goleada contra, que lesam flagrantemente nossa pátria, vem arrasando moralmente a nós cidadãos brasileiros honestos: o trabalhador, o aposentado, a dona de casa; nos diversos níveis sociais, deixando-nos, a todos, perplexos, atônitos, como uma repercussão ampliada da humilhante derrota de 7 a 1 contra a nossa seleção. Mas no esporte, no futebol, uma derrota ainda que imperdoável, não traz, em si, uma desconstrução generalizada, que despedaça uma nação em todas as direções. Vivemos o mais terrível assalto aos cofres públicos e o mais desastrado desgoverno da história do nosso País. Como vândalos, e também ladrões refinados, os nossos governantes e políticos, na sua maioria, estão atirando lama fétida no esplendoroso panorama do nosso querido Brasil. Com isto, a maioria de nós, brasileiros sérios, assiste passar suas existências com uma qualidade de vida prejudicada pelos gigantescos e revoltantes prejuízos, decorrentes da roubalheira e da má gestão públicas. Os saqueadores consorciados, infiltrados em todos os níveis do poder público e no alto empresariado, desenvolvem suas estratégias, culpando o mercado, o clima, o destino e sabe-se mais lá o que, como os grandes vilões da economia popular. São bandidos escolados que, em outros países mais sérios, estariam condenados à morte ou à prisão perpétua. Larápios que utilizam a máquina pública e a miséria para estruturarem uma ditadura econômica que tira o maior e mais rápido proveito próprio às custas da confiança neles depositada. A crise que presenciamos é provocada pelo comportamento criminoso, vergonhoso, moleque, antiético, das nossas maiores autoridades, dos nossos governantes e de tantos outros que aproveitam-se de situações como estas, para obter vantagens, equiparados a extorsionários.

São eles os nossos dirigentes e representantes eleitos, pelo voto válido da maioria, e os seus auxiliares, por eles escolhidos. E aí Brasil?

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 16/03/2015
Reeditado em 29/08/2015
Código do texto: T5172541
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