CONSIDERAÇÕES ACERCA DO IMPEACHMENT

A situação de Dilma Rousseff na presidência da República é absolutamente insustentável. Além da dantesca crise econômica, política, institucional e ética que se abate sobre o seu governo, e além do desmantelamento gradual da própria base governista e de sua frágil teia de governabilidade, o fator que acaba sendo decisivo e derradeiro no sentido de pôr fim às veleidades do desgoverno petista é a inexorável perda de apoio e aceitação popular.

De fato, a aprovação de Dilma hoje é de míseros 7%. Ou seja, 93% dos brasileiros desaprovam-na como governante. Esses números fazem de Dilma o presidente mais impopular e detestado de toda nossa história republicana. O “Contrato Social” que o povo brasileiro teria feito com ela já foi rompido há tempos: o povo já não vê nela seu legítimo representante. Sobejam, pois, razões para tirá-la do cargo.

Mesmo assim, petistas e simpatizantes insistem em dizer que o Impeachment é algo descabido, que feriria os preceitos da democracia. Interessante notar que esse recurso que hoje é visto como “golpismo” pelo PT e seus aliados foi usado de modo recorrente pelo próprio PT no passado, contra o Collor e até mesmo contra o FHC. Ou seja, quando é o PT que promove Impeachment, isso é lícito e viável; quando são os outros, isso é “golpismo” e “atentado à democracia”.

Na verdade, como visto, motivos não faltam para promover o impedimento do mandato de Dilma. Já há, inclusive, sustentação jurídica para isso: um presidente pode – e deve! – ser responsabilizado e punido em caso de omissão, negligência, inépcia ou incompetência na condução do país. Dilma se encaixa em cada um dos casos.

De qualquer modo, num regime democrático, nenhum argumento pode ter mais força do que a vontade do povo, que é inexorável e incoercível. A desaprovação de Dilma é geral e crescente, e faz com que venham à tona, novamente, as suspeitas de que a última eleição foi fraudulenta. O Impeachment, portanto, é hoje o clamor geral da nação brasileira.