O JAPONÊS DA FEDERAL NA PORTA DO LULA
 
Ao que parece o cartel de safadezas, pilantragem, mentiras e sacanagens montado pelo PT para se perpetuar no poder está chegando ao fim. O Japonês da Federal não estava junto, mas afinal a Força Tarefa da Lava bateu na porta do Lula.
Não é sem tempo. O PT foi fundado com base na filosofia da “cosa nostra”, no mais descarado estilo denunciado por Mario Puzzo em seu famoso romance “The Godfather”, que no Brasil recebeu o sugestivo nome de Poderoso Chefão. A propósito, esse romance, que foi inspirado na carreira do chefe mafioso Lucky Luciano, rendeu uma lucrativa franquia para o citado escritor e para o ator Al Pacino, que fizeram fortuna com a história da família mafiosa dos Corleones.
Não sei se o Lula leu o romance e assistiu aos filmes. Talvez não tivesse lido, pois segundo se diz o Lula não é muito de ler. Mas com certeza deve ter tido conhecimento das estratégias do famoso chefão do crime, pois as copiou direitinho. Segundo o Delcídio, o senador e ex-capo traidor, até um consiglieri (um conselheiro) o Lula tinha, na pessoa do inefável Jose Carlos Bunlai. Isso era próprio das famílias mafiosas americanas e italianas, que geralmente contratavam intelectuais, banqueiros e advogados de sucesso para lavar o dinheiro desonesto que ganhavam e assessorá-los nos processos que eles, por força das suas próprias atividades criminosas, estavam constantemente sujeitos.
Uma das operações mais lucrativas da família de Lucky Luciano era o controle que ela exercia sobre os sindicatos, especialmente os sindicatos portuários, de construtores civis e os coletores de lixo em Nova Iorque. Controlavam também o jogo clandestino e cobravam propinas dos comerciantes italianos da cidade, por conta de uma “proteção” que lhes era dada contra os assaltantes, negros em sua maioria.
Sindicatos, aliás, sempre tiveram fama de agir como se fossem organizações criminosas. Verdade ou não, existem histórias escabrosas envolvendo as lutas internas que ocorrem em muitas organizações sindicais, que muitas vezes terminam em mortes. Basta varejar os casos policiais envolvendo brigas entre sindicalistas para ver o quanto de podre se esconde por baixo desses tapetes.
E quando líderes sindicais se envolvem em política o caso fica ainda mais nebuloso. Basta lembrar o caso emblemático do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em um caso rumoroso, até agora não esclarecido. E basta ver, até hoje, o desempenho dos políticos oriundos do movimento sindical, que conseguiram se eleger. Se alguém se lembrar de algum que não tenha se envolvido em escândalos é bom registrar, para que seja lembrado como excessão.
Assim, a Máfia do PT, finalmente está no banco dos réus. Se o Poderoso Chefão Lula vai ser indiciado, e se afinal vai se provar alguma coisa contra ele, é difícil dizer. Afinal de contas, Lucky Luciano nunca foi preso e até o Al Capone só pegou cadeia por ter sonegado impostos. Pelos crimes que cometeu não chegou nem a ser julgado. E a maioria dos chefões das famílias mafiosas dos Estados Unidos morreu, e ainda morrem em suas camas, de câncer ou enfarto.
Mas pelo menos uma coisa fica patente nessa mixórdia toda. Quando a sujeira fica exposta é mais fácil de limpar. O pior é quando ela é empurrada para baixo do tapete e ninguém tem a coragem de levantá-lo para ver o tamanho que ela tem. Loas para o Força Tarefa da Lava a Jato. Talvez este país ainda tenha jeito, afinal.