Despertando

“Os brasileiros de coragem estão aqui dentro!”

Assim começou há pouco o discurso da presidente protagonista da série “The Dilming Dead”.

Concordo com ela. No ato da posse do outro morto-vivo, Lula, apenas os brasileiros de coragem se encontravam naquele recinto, ou seja, aqueles que, na contramão do patriotismo, da democracia, da legalidade, tiveram coragem – e desassombro ético – de gritar em coro por um governo corroído. Enquanto isso, os brasileiros decentes encontravam-se do lado de fora, protestando, sendo contidos pela Polícia e pelas Forças Armadas, ou seja, pelos militares, que tanto os petistas hostilizam e que agora os protegem daqueles que os levaram ao poder: os brasileiros.

O Hino Nacional Brasileiro, executado na abertura da solenidade bufa, nunca foi tão menoscabado.

Devo dizer que a República passa pelo momento mais crítico de sua história.

Hoje, um bandido assume a função de primeiro-ministro.

Hoje, a Presidente, também criminosa, passa a faixa presidencial e entrega seu governo ainda no transcurso do mandato.

Há quatro dias, a maior manifestação já vista em solo brasileiro foi às ruas gritar pelo fim dessa rapinagem e hoje recebe a declaração oficial: “Não estamos nem aí para vocês... Lixem-se, brasileiros! Lixem-se, patriotas idiotas!

O mundo inteiro, em manchetes jocosas ou apocalípticas, se ri do Brasil e se apieda dos brasileiros.

Todas as instituições foram achincalhadas.

Uma espécie de frustração nos toma a todos, filhos da Nação, trabalhadores calejados, gente de brio...

Somos realmente uma república de bananas?

Chegamos à última instância da paciência.

Acabou-se o prazo para a mansidão, chega de rirmos de nossas desgraças.

Não nos bastam mais o Carnaval e o futebol.

Chega de pão e circo!

Em todos os países, em todos os tempos, por pior que fossem os dirigentes, sempre existiu uma última força, uma onda irrefreável, que derrubou soberanos, que tomou palácios, que pôs abaixo.

A sociedade brasileira clama às instituições: cumpram seu dever, honrem a Constituição, salvem a democracia!

Se vocês não fizerem, o povo o fará, mas, uma vez desencadeada a fúria, será difícil opor limites.

Cortem a cabeça da jararaca ou as suas serão cortadas!

Brasil!