FORÇA DE SEGURANÇA NACIONAL

FORÇA DE SEGURANÇA NACIONAL

FlávioMPinto

Essa nomeação de um chefe do MST, o 3º na hierarquia, para comandar a Força de Segurança Nacional é uma declaração de guerra ao campo e ao povo brasileiro, em geral.

Os devaneios ocorridos recentemente no Palácio do Planalto com um pronunciamento bombástico do chefe da CONTAG na presença da presidente, acredito, que acendeu uma luz vermelha no horizonte do Brasil.

A muito tempo o governo deseja endurecer o regime e colocar seu pessoal mais radical á frente do movimento, e essas oportunidades surgem ao serem pressionados a sair os ocupantes legais dos cargos estratégicos.

Agora é o comando da FSN, importante meio de contenção da violência no campo e nas cidades.

Receberam não só o comando, mas também a posse das informações estratégicas de seu maior inimigo e a capacidade de dissuasão ofertada pelo governo federal.

Foi apagado um incêndio com gasolina de alta octanagem o que ocasionará ainda mais fogo, agora com munição redobrada, pois a tropa dispõe de armamentos letais para agir e meios para se deslocar para todo o país.

Não sei o que pensa o Exército dessa situação esdrúxula, a de um civil comandando uma tropa operacional. Acrescenta-se a isso a possibilidade de lidar com forças operacionais em todo o Brasil reforçando a capacidade de comando do MST.

Isso só reforça o poder político e militar do MST, cada vez mais atuante e legalizado pelo atual governo.

Nenhuma voz militar se levanta, como a esperar que o Brasil pegue fogo de vez, com sangue brasileiro rolando por todos os cantos do país, notadamente no campo, como foi no Chile de Allende.

O que estão a esperar? Que o MST comece a ocupar os quartéis e pilhar todo patrimônio sob olhar complacente dos soldados?

Uma coisa é bem que se diga: ultimamente, vide caso da Raposa do Sol, a FSN foi usada contra a população rural brasileira que foi expulsa de suas terras, que ocupavam a mais de cem anos, a mano militari.

Com certeza a cerimônia de assunção do cargo contará com as felizes presenças dos chefes militares de direito que aplaudirão o ato. Inclusive seu comandante, um expert em guerrilha rural.

Acredito que o Exército poderia promovê-lo a general como foi feito no século passado com Flores da Cunha e ele aproveitou a farda e atacou o QG do Exército em Porto Alegre em Outubro de 1930.