LAMENTO

LAMENTO

FlávioMPinto

Ontem lamentei a ocupação de um alto cargo, estratégico por sinal, na administração federal por um membro do MST. Foi o cargo de comandante das forças operacionais de segurança nacional: a fina flor dos policiais militares do Brasil a serviço do governo de plantão.

Sim, foi designado um civil, para comandar a parte operacional das forças de segurança, um membro do maior inimigo delas, o MST.

Sim, um civil para comandar forças policiais. Repito. É óbvio que não tem habilitação nem experiência sequer competência para tal empreendimento. Sua habilitação não passa nem perto do que as forças policiais exigem. Apenas pode ter uma formação de guerrilheiro, que sem dúvidas possui. Mas já sabemos que seu teste será comandar a FSN na Olimpíada controlando a marginalidade nas favelas gigantes, que cercam e ameaçam o Rio de Janeiro, se não passar a missão para outro órgão, como o Exército ou até a Marinha.

Mas quem sou eu para lamentar? Não tenho qualquer influência na administração federal nem voz ativa. Nem sou policial militar.

Apenas sou um blogueiro-cidadão preocupado com a boa gestão da coisa pública e seus reflexos na vida da população ordeira e o bem estar do país.

A distribuição judiciosa dos cargos é um apanágio da boa administração. Os mais competentes, os mais bem treinados e capazes devem ser colocados e assumir as funções mais importantes. Existem cargos que cobram caro a má formação ou sua inexistência. O país sofrerá o refluxo da incompetência, neste caso.

Sabemos que no Brasil, é uma miragem, atualmente, a judiciosa distribuição dos cargos públicos com a política tomando conta de tudo e as nomeações não ficariam de fora desse carnaval de distribuição de cargos.

É uma declaração de guerra a indicação desse quilate, apenas lembrando que o Ministério da Defesa já esteve para ser dirigido pelo MST, quando a chefe de gabinete era Eva Chiavon, casada com o nº 2 do movimento. Se bem que a estrutura anterior ao PCdoB no MD não permitia que a chefe de gabinete tomasse conta da parte operacional. Alguém duvida que ela não passava informações estratégicas ao movimento?

O cidadão tem de ser muito ingênuo para não acreditar nessa hipótese. Faz parte, doutrinariamente, do comunista colaborar com seu partido passando informações do local onde trabalha. É estatutário. Portanto, quem emprega um cidadão desse tipo, deve saber o que o espera em termos de sigilo. É o que acontece hoje no Ministério da Defesa.

E o que faz o MST para ser motivo de tanta preocupação? Ora, tudo. Desde terrorismo explícito no campo até pressão para obter vagas sem concurso nas universidades nacionais, o que já está ocorrendo, com o beneplácito de reitores amigos.

O campo está um barril de pólvora com estopim já aceso por inúmeras invasões com destruição de patrimônio sem qualquer ação das forças que deveriam se contrapor a esse tipo de ação bandida, com uma geração de defensores se formando nos bancos escolares.

Os fazendeiros e algumas policias já começaram a se posicionar contra esse movimento revolucionário através da força garantida por lei. Os fazendeiros pela garantia, até não se sabe quando, da posse legal de propriedade, e o Estado, através da ação das polícias, pelo uso legitimo da força pela policia militar.

O meu lamento passará a medida que o comando dessa força pública, assim como o Ministério da Justiça e o STF, respeitar a população nos seus anseios e não a agredir como fez nas expulsões de suas terras no caso Raposa do Sol e no Mato Grosso. Usaram o direito legítimo da força contra a população ordeira e trabalhadora legitimamente proprietária da terra.

O uso da força contra a população é um legado dos governos totalitários e opressores expresso na atitude de seus comandantes que mal escolhidos nos dão maus comandantes. Muitas vezes não é sua culpa e sim daqueles que os escolheram.

Mas é querer muito ansiar para que tudo ocorra dessa forma!