Revolução de primeiro grau

Não gostaríamos de entregar o poder a gente como Temer, Aécio, Renan. Aliás, Renan já tem o poder. E está sendo processado no STF. Se ele falar do Cunha – acho que não fala –, será o roto falando do esfarrapado.

No entanto, qual a alternativa? Qual a possibilidade de escolha que os governos petistas nos proporcionaram? Na medida em que calcinaram a nossa esperança com a abundância da corrupção. Que existe na China, nos EUA, nas Coreias, no Japão. Mas aqui tinha quer ser maior, porque temos que ser os primeiros em tudo. Nossas Olimpíadas (que não sejam olimpiadas) terão que superar todas as outras.

Estamos vendo que muitos ministros de um possível governo Temerário já foram ministros do Lula, da Dilma. Here comes Meireles, again. Eliseu Padilha, se não me engano, também. É uma repetição que se anuncia. Uma tortura que se perpetua.

O que precisamos, arriscamos dizer, é de uma revolução moral. Ensinada ou sugerida nas escolas a partir do primeiro grau. Para que depois de homem, ou mulher, o político não venha ser, salvo as desejáveis e inevitáveis exceções, um trambiqueiro, politiqueiro, especializado em mentiras, tramoias, manobras, falcatruas, cujo talento não se vincule necessariamente ao que menos interesse à população. Que ele seja a pessoa cujo triunfo não se fundamente na versatilidade que tem em servir a Deus e ao Diabo ao mesmo tempo. Que ele encarne o personagem mais puro vivido pela Shirley Temple. Ou pela Greta Garbo que, “quem diria, acabou no Irajá”. Embora a tivéssemos visto no teatro Zaquia Jorge, em Madureira.

Rio, 28/04/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 28/04/2016
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