Póker político - O ÁS do PT

O PT soltou um ÁS e acha que deixou a oposição com um (2) Duque no Póker da política

Por Telêmaco Marrace

Advogado e Especialista em docência no ensino Superior ( Unicesumar- Maringá/PR)

No poker, o Ás é a carta mais alta e o 2 (duque) a mais baixa. No entanto, o Ás pode também ser usado como uma carta baixa para formar a sequência A2345. O investigado na Lava Jato, atual presidente da Câmara dos Deputados Federais, frise-se interino, esse “jogador de Póker Político”, chamado Waldir Maranhão (PP-MA) não é diferente de Eduardo Cunha, pois é “farinha do mesmo saco”, mas agora elevado à categoria de “inconfidente”, ou seja, “traidor’ do “alinhavado”.

O “espertalhão”, quando seu “Guru” político caiu da cadeira, pulou para lá e se “alinhavou” com outro “espertalhaço” maranhense, Governador Flávio Dino, aliado do PT, que se intitula jurista e foi Juiz Federal, é quem dá as cartas para o conterrâneo, que mal sabe diferenciar uma Lei Estadual de uma Lei Federal, ainda mais anular um processo complexo de impeachment.

O “Homo Sapiens Juridicus”, Waldir, diz que todos os “honestos” votantes que trabalharam num domingo exaustivo para homenagear a família, o cachorro , o gato e a galinha, basearam seus votos nas informações da Operação Lava Jato, que não estava inserida no parecer aprovado na Comissão Especial do Impeachment, que tinha como principal objeto as pedaladas fiscais cometidas pela presidente Dilma, essa que tem peso de um “mastodonte” no cenário político e simpatia de uma pedra.

Já desconfiei do Waldir, que o mesmo era de “trançar” acordos em bastidores, pois quando se manifestou aliado do “SANTO” Cunha (PMDB), votou contra o impeachment da “ilibada” Dilma.

Não tenha dúvida que o presidente da Câmara pode anular uma deliberação da Casa, sendo totalmente constitucional, mas o mesmo dizer que os deputados tiveram como arcabouço o que se apurou na Operação Lava Jato para votar pela admissibilidade da saída da condutora de uma Nação Utópica que somente Petistas enxergam, é simplesmente impossível essa afirmação, a não ser que pudesse entrar na cabeça dos deputados com seus "super poderes da República do Maranhão". Nos poupe Waldir, de brincar com nossa inteligência!!!

Na hora do voto, o que importa no campo jurídico é SIM ou NÃO, pela admissibilidade da comissão. O que esses energúmenos galhofaram é problema deles!!! São políticos que aproveitaram o minuto para venderem seus peixes!!!

Agora com o processo no andamento que está, já no Senado, é intempestivo voltar ao tema. O Processo de impeachment segue um rito específico, mas deve ser regido pelo devido processo legal, suas normas devem ser seguidas e não aberrações jurídicas perpetradas pelo Deputado Waldir com o auxilio de um ex- Juiz federal, hoje Governador do estado do Maranhão.

Se ocorresse anulação, isso deveria partir do Senado que tem o domínio do processo, inclusive em sua pauta.

O que tinha de ser visto na câmara, já era. Se voltarem lá, qualquer decisão nessa fase é intempestiva!!!

O Supremo Tribunal Federal (STF) se for provocado, tenho a certeza plena que se posicionará contrário à anulação feita por Waldir Maranhão.

Mas, devemos nos preocupar no porvir com essa "aberratio" de Waldir Maranhão! O “curinga” do PT, na “mesa do carteado”, no mínimo abriu uma “porteira” para os ignóbeis atrasarem o impeachment, pois os mesmos podem recorrer ao STF para pedir o afastamento da aplicabilidade da votação no argumento que seja nula, baseada na aceitabilidade do Presidente Interino da Câmara, ou seja, o mesmo deu “azo” à discussões!!!

Se o Senado trabalhar sério, pode pleitear aos Ministros que revejam o tema, pois nesse momento processual do impeachment os “honestos”, “nobres” e “ilibados” Senadores são as autoridades competentes para deliberarem sobre o assunto.

É um jogo da série House of cards, na pele e na vida dos brasileiros! God Help Me!!!

09/05/2016.