O ato falho do novo governo

Alguns países, insuflados pelo discurso de (falsa)

inocência da presidente destituída, têm sido momentaneamente arre-

dios, no que concerne ao reconhecimento do novo governo do Brasil.

E disso o novo governo, inadvertidamente, é o próprio causador :

Costuma-se dizer que "a melhor defesa é o ata-que". E esse "ataque" não foi desferido pelo novo governo, fazendo

com que a retórica petista (de suposto golpe) tem fundamento.

Já era previsível que o novo governo iria encontrar esse clima de animosidade por parte de alguns países que se identifi-cam com a cartilha petista, como é o caso de Venezuela, Bolívia, Equador, principalmente porque foram beneficiados, de alguma forma, pelo governo Lula / Dilma e, agora, temem não terem a mesma facili-dade com o governo Temer.

A que "ataque" não desferido pelo Temer nos re-

ferimos ?

Já sabendo de antemão que tal estado de coisas iria acontecer, deveria ser uma das primeiras providências do novo

ministro das relações exteriores (causa-nos, inclusive, espécie ele

não ter tomado tal iniciativa) a convocação da UNASUL / MERCOSUL

cuja agenda teria como tema único OS ESCLARECIMENTOS SOBRE O

PROCESSO DE IMPEACHMENT desencadeado no Brasil.

E, para corroborar a afirmação de que o ocorrido

não se tratou de golpe, seriam exibidos aos representantes dos países que compõem essas duas agremiações :

- O trecho da nossa Constituição que prevê os casos em que o impeachment poderá ocorrer;

- Os decretos somente por ela assinados, quando, POR LEI, deveriam

ter sido referendados pelo Congresso - O QUE NÃO FOI OBSERVADO

POR ELA;

- Os inúmeros casos de "pedaladas fiscais" (com as consequências

nefastas para o país);

- Declaração pública de vários ministros do STF confirmando a lisura

da abertura do processo de impeachment.

Queremos crer que, se tal tivesse ocorrido, mes-

mo que alguns desses países insurgentes se mantivessem irredutíveis com relação à aceitação das justificativas apresentadas, seria só uma questão de tempo eles mudarem de ideia, principalmente quando vis-

sem que países como Argentina, Colômbia, Chile, Estados Unidos, etc,

aceitaram as alegações jurídicas apresentadas pelo governo brasilei-

ro.

Ainda que tardiamente, ainda achamos que tal convocação devesse ser feita, já que, no caso de não comparecimento dos representantes dos países a ela, a eles é que seria atribuída a pecha de RADICALISMO.

Fica aí a sugestão. Se alguém que a julgue oportuna puder ou quiser fazê-la chegar aos "altos escalões governa-

mentais", quem sabe? não poderíamos estar ajudando de alguma for-

ma?

pedralis
Enviado por pedralis em 15/05/2016
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