As duas difíceis alternativas para os políticos, doravante...
Indubitavelmente, a Lava-Jato deu um tiro de misericórdia no relacionamento ESPÚRIO entre empresariado e políticos em geral.
Embora não irreversível (afinal, onde há o "cheiro"
de dinheiro no ar, o medo das consequências de seu mau emprego se dilui), ainda assim, essa relação criminosa foi gravemente ferida.
Essa relação jamais voltará ao patamar de antes, em que o lema era : hoje, eu (o empresariado) o (político) ajudo; quando já de posse do mandato, você (político) me devolve".
Situação como a do megaempresário Odebrecht, de-
tido há um ano numa cela, em Curitiba, em que o dia a dia deve ser um inferno, é uma imagem ou experiência que dificilmente outros empresários (se tiverem juízo) desejarão experimentar.
Os políticos, para se (re-)elegerem, doravante, passarão a dispor de duas opções, no que se refere ao financiamento
de campanha :
ou
terão de dispender recursos próprios (o que achamos difícil, porque
se trata de um "investimento duvidoso");
ou...
(esta opção parece ser uma alternativa ainda mais danosa para todos) recorrer aos recursos advindos de atividades ilícitas e perigosas, como é o caso do TRÁFICO DE DROGAS.
Se essa segunda hipótese vier a se concretizar (já que a primeira nos parece improvável), aí, sim, ficará difícil saber qual das ajudas terá sido mais perigosa : a do empresariado (que
chegou definitivamente ao fim) ou a da bandidagem que se aproxima.
Aí, estaremos incursos naquela terrível situação do..."salve-se quem puder".