Banalização do Mal
O personagem do livro “Crime e Castigo”, Raskolnikov, acreditava que alguns crimes poderiam ser justificados, desde que servissem a um propósito maior. É o mesmo raciocínio de alguns comunistas que tentam reabilitar Joseph Stalin e Mao Tsé-Tung.
Stalin foi um dos maiores tiranos da Humanidade. Um ditador que perseguiu de forma implacável os “inimigos do povo”, entre os quais ex-líderes bolcheviques; e que provocou a morte de milhões de pessoas, muitas das quais pelo simples fato de manifestar opinião. Sob o seu comando, a URSS pôs fim à exploração do homem pelo homem e deu início à exploração do homem pelo Partido.
Mao Tsé-Tung, por sua vez, era um louco cujas desastrosas políticas econômicas ceifaram a vida de milhões de chineses; também impôs um regime ditatorial onde o simples ato de contestar o Governo era passível de execução. Apesar disso, as ideias do Livro Vermelho (a Bíblia do Mao) são estudadas pelos seguidores como se fossem dogmas.
Como diria Nietzsche: “aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não se tornar também um monstro”. A causa socialista é boa e justa; mas não pode servir de pretexto para acobertar o mal. Os fins não justificam os meios.