O Brasil pede socorro

Não é de hoje que as autoridades brasileiras carecem de voltar as salas de aulas para refazer o estudo da ética, da moral e cívica e dos bons tempos da educação e dos estudantes patriotas.

Caberia as autoridades brasileiras fazerem um minucioso exame de vista para enxergarem melhor a má gestão dos bens públicos, e ainda fazerem um curso de dinamismo, de como se movimentarem melhor no campo dos serviços prestados aos brasileiros. Serviços estes pagos com os altos impostos que todos nós pagamos.

Quando o serviço público era realizado por servidores de carreira, percebia-se o esforço dos funcionários, para manter um bom serviço, um bom ambiente de trabalho, atender bem ao cidadão, seja qual fosse a área de atuação.

Por cinco anos trabalhei em saúde pública, na administração de um grande hospital do Rio de janeiro, com mais de dois mil servidores. Tínhamos problemas sim, mas não os que podemos observar hoje.

Com a implantação das “OS”, serviços terceirizados, percebemos não haver a preocupação pelo bem público, tão pouco com o atendimento da população em geral.

As ditas “OS”, servem tão somente para engordar as contas bancárias de empresários, na maioria parentes de políticos, quando não os próprios.

A educação segue pelo mesmo caminho, enquanto os técnicos e professores ficam sem receber seus salários, os burocratas da educação descansam em suas mansões, viajam em seus carrões entre outras tantas mordomias. O dinheiro da merenda escolar é muito bom para os bolsos deles.

Os senhores governadores, licitam empresas aéreas, para suas viagens em jatinhos e helicópteros. Enquanto os servidores, sequer tem o dinheiro da passagem de ônibus ou trens, para irem aos seus trabalhos, cumprirem os seus deveres. Mesmo sem a mínima condição de trabalho e contrapartida, pela autoridade regional, sem equipamentos e materiais necessários para levar a cabo suas tarefas.

Descaracterizaram o serviço público, mancharam a honra do servidor em todos os níveis de governos. Macularam com mentiras a imagem desses, taxando-os de inoperantes, marajás e outros mais.

A terceirização das funções, antes cabidas aos funcionários públicos é básico e notório, para encobrir a sangria do dinheiro público, através dessas organizações temerárias, hoje, falsas prestadoras de serviços públicos, que não levarão o Brasil a lugar nenhum, a não ser a derrocada total.

No final de governo, os prefeitos e seus secretários, largam as prefeituras ao Deus dará. Ruas imundas, inundadas de lixos, cofres vazios, ambientes sucateados, roubos de equipamentos, arquivos de controles apagados. Ninguém sabe, ninguém viu.

Pasmem, eles não são punidos. Mas isso não deveria ser crime? Onde estão as autoridades executivas, legislativas e judiciárias deste pais? Ninguém sabe, ninguém viu, simplesmente somem na hora da ação.

Como as autoridades não conseguem ver isso? Se plantam estáticos ou fingem não enxergar ou porque se beneficia do esquema? Prefiro acreditar que eles não enxergam e que precisam de um bom exame com o oftalmologista ou um bom curso de dinamicidade em movimentos e observações. Ou seja, cuidado com o bem público.

Até quando amigos? Lembrem-se para não votarem nesses que assim agem. Do contrário vou pensar, quem não enxerga somos nós, que os colocamos para gerir o nosso patrimônio. Que somos nós que precisamos de exames e de nos movimentar melhor por aí para ver os mandos e desmandos do nosso país.

Rio, 04/01/2017
Feitosa dos Santos