História e realidade caótica de um Brasil...

Conhecido historicamente desde 1500 quando foi descoberto pelos portugueses e em relação há países, uns dos caçulas do planeta. Sua civilização é marcada por uma miscigenação de vários povos, seu território é amplo, mas infelizmente nunca foi bem utilizado, salvo pelos índios que a utilizavam para as suas necessidades básicas e por isto eles foram taxados de preguiçosos pelos olhos desnudados, do homem branco, pela cobiça, pela avareza dentre outros ideais de como se viver bem em sociedade.

Os europeus conheciam predicados de como viver bem em sociedade e como utopia de vida feliz tinham o dinheiro e a posse de terras como fonte de felicidade. E nada mais paradisíaco como encontrar terras frondosas e ricas pela sua natureza abundante, ainda mais pela peste bubônica que dizimou quase toda a Europa. Portanto a América naquele momento surgia com um novo Éden, para dar esperança aos corações humanos despedaçados pela morte, fome e outros males que a doença causara.

Mas ao falar de América, deteremo-nos ao Brasil, que já é grande por natureza e retomar os primeiros passos da nação nos possibilita entender como a nossa podridão moral e política de sociedade nasceu. O nosso país tinha riquezas enormes, e a primeira a ser explorada foi o pau-brasil, utilizando-se da opressão aos índios e coagindo-os a trabalhar, e trazendo os negros da África, o homem branco possuía uma mão de obra escrava para a extração da nossa madeira, em relação ao índio, a catequização foi à primeira forma de perpetrar as correntes invisíveis da alienação no país, nada contra a religião, mas impor uma doutrinação a outro sem a sua vontade é no mínimo perverso, ainda mais havendo como motivação a domesticação do índio e não os princípios de amor e generosidade cristã.

Com o tempo o açúcar, foi uma grande fonte de economia para as metrópoles, e o Brasil como colônia era uma serviçal que emprestava suas terras para o plantio da mesma. Com isto também veio o café, a extração de diamantes e do ouro. E o nosso Brasil era acorrentado por uma sociedade que se diziam melhor, os europeus deitaram e rolaram por nossas terras, uns até vieram para trabalhar e ficar, mas geralmente eram pessoas renegadas,como: pessoas pobres e com dívidas e viam nesta terra a chance de uma vida melhor. A única coisa que há de belo nisso, é a miscigenação do povo, a troca de culturas, e a formação de uma característica única de povo, para assim ser reconhecida como país.

O primeiro homem que lutou de forma veemente por este povo brasileiro foi esquartejado, e os seus pedaços espalhados pela cidade, e a sua casa demolida e o solo salgado para representar que prosperaria nada naquele lugar, depois até se tornou um marco na história assemelhando-o com Jesus Cristo e um herói nacional, mas o primeiro homem pobre da história que arregaçou os braços e lutou teve um fim nada bonito. E isto porque reivindicava pagar menos tributos a colônia, imagina se fosse contemporâneo a nós brasileiros do século XXI, imagino que o seu fim seria um AVC ou um ataque do miocárdio, pelo menos uma morte mais natural, não é mesmo?

Com o passar do tempo o Brasil deixou de ser colônia, mas não foi nada colossal ou apoteótico, apenas um grito as margens do Ipiranga por um imperador que não tinha outra escolha, e então fez entoar: “Independência ou Morte!”, e até hoje nos sentimos livres, mesmo as amarras para o povo sendo multiplicadas ao quíntuplo, mas o importante é ser livre, vai que cola, não é mesmo?

E ao longo da história passamos por vários períodos políticos: como: Brasil colônia, imperialismo, regime militar, democracia e em todos eles as “caquinhas” foram perpetradas pelo poder dominante, e mesmo com a escravidão tendo fim, continuamos sendo açoitados e escravizados por uma ordem dominante. Parece até as olimpíadas em que a tocha muda de mão, e hoje ela estar na mão do Temer e amanhã na mão de outro político ou outro regime dominante.

Mas a única coisa que não muda é consciência política de povo, de pertencimento a um bem maior, pois as fragmentações das classes em favor de benefícios próprios sempre vão dar caminhos para a tocha continuar passando e esta chama continuará queimando nossas riquezas, nossa dignidade, nossa educação, nossa segurança, pois é assim que o homem vai se tornando domesticado para servir ao poder, ou seja, quando continuar as brigas entre os semelhantes pelas migalhas existentes e não pelos tesouros sucumbidos pela minoria dominante...