Parallax

Parallax






Guarde bem o nome desse cara, E.M. ("Gene") Nicolay, considerado o moderno Nostradamus, suas previsões para 2050 são as seguintes: A América implode, a igreja católica desaparece em virtude de agudos ataques islâmicos e a China e a Rússia serão os guardiões do mundo. Só faltou o gajo dizer que Stalin volta travestido de Santo Antônio.

Pensando um milésimo de segundo conclui-se que esses caras são muito loucos, digo, os esquerdistas de carteirinha. Até no esoterismo eles se imiscuem, o tal "Gene" Nicolay fala em amor, em quinta dimensão, etc. e etc. e me sai com um apanhado de previsões desse naipe.

"Fracassada, a questão colocada à esquerda foi: onde refugiar-se? Parece não ter tido outra opção senão refugiar-se nos costumes, nos valores sociais ou em políticas ditas progressistas, que só mascaram seu próprio afã de uma nova hegemonia política. O politicamente correto é, nesse sentido, uma expressão dessa sua nova máscara, mais palatável para quem ignora ou compartilha todos os crimes perpetrados pela esquerda no poder. Entre nós, em experiência recentíssima, observamos o PT levar o País praticamente à bancarrota, não fosse, para evitar o pior, o impeachment da ex-presidente Dilma. Nem as conquistas sociais foram mantidas, com o desemprego avassalador e a inflação corroendo os salários dos mais desfavorecidos”. (Denis Lerrer Rosenfield, O Estado de S.Paulo - 16 Outubro 2017).

Ora, nessa altura do campeonato é mais do que evidente que a tchurma Rússia e China possui uma agenda de dominação, a isso chamam de alhos e bugalhos, existem milhares de aliados nessa trama já que grana não falta para ensejar sonhos de destruição, jamais de construção.

No Brasil mesmo, mês passado, um barbudinho típico professor marx falava para as TVs que um operário chinês era mais feliz do que o norte americano, que a Dilma foi uma grande presidente, que a América iria ruir, blá, blá, blá. Velhos estão nessa toada, mentalmente talvez irrecuperáveis. Jovens idem, incapazes por motivos mil de reunirem discernimento.

Ocorre que a agenda da des(construção social) galopa em inúmeras frentes. Haja visto os adeptos de “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, (Simone de Beauvoir) e “Não se pode dizer que os corpos tenham uma existência significável à marca do seu gênero” (Judith Butler). Existe amplificador pra esses, ainda não existe para a médica Carla Dorgan, que se manifestou no evento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pedindo a retirada de toda menção ao termo “gênero" e seu uso significando identidade pessoal. Dorgan fala em ciência, oferece dúzias de fatos científicos (como se isso fosse necessário) apontando as diferenças entre homens e mulheres.

Você não viu isso na globo. Aliás, "O mundo livre deve examinar por que está apoiando as violações sistemáticas dos direitos humanos do comunismo chinês".

"Quando penso no número de autores que escrevem contra o sexo masculino ou o feminino, como se fossem entidades revogáveis, começo a suspeitar que o Richard Hogarth e o Ananda K. Coomaraswamy tinham razão ao considerar que a alfabetização é apenas uma forma superior de analfabetismo”.

Dois meses atrás divulgaram uma maracutaia editorial envolvendo o célebre Galeano (As veias abertas…) mostrando que o conteúdo de seus livros vinham com aval e diretrizes do país da KGB, idênticos a várias para não dizer inúmeras publicações de outros autores com pseudônimos que não colaram.

"Além de sorrisos e de concessões, o mundo civilizado não encontrou nada que se opusesse aos massacres sistemáticos durante o repentino ressurgimento de um barbarismo descarado.”
Alexander Soljenítsin.

Você conversa com uma pessoa na rua e do nada ela lhe assevera que os Bandeirantes eram bandidos, (carece um computador rápido nesse momento, 4 anos atrás estudantes pixaram o Monumento ás Bandeiras - Victor Brecheret - e em todo o entorno até a Paulista havia pixações e folhetos mambembes com idêntica pregação). Inútil explicar para a pessoa que o estilo dos Bandeirantes coadunava com o contexto no qual viveram, que as coisas eram um pouco diferentes nos 1600.

Ano passado, num bate papo informal com dois universitários, de diferentes instituições, ambos me juraram de pés juntos que seus professores foram cristalinos ao afirmar que nunca houve qualquer comiseração pelo escravo (situação dos USA, séc. XIX), que a secessão foi motivada pelo capital única e exclusivamente - aí desembocamos no livro "Tábua Rasa: A Negação Contemporânea da Natureza Humana”, do dr. Steve Pinker - ele trata de outro assunto, mas o que os professores dos garotos fizeram foi anular os movimentos abolicionistas de toda a sorte, os boicotes a compra dos produtos confeccionados com algodão, o movimento Rio Subterrâneo, e muitos mais.

E por aí vamos, festeja-se com alarde o cultuado médico argentino Guevara e não se vê fanfarras para o título “Livro Negro da Revolução Cubana”.

Casas vão cair, já estão caindo, a cada dia mais pessoas estão despertando para níveis mais altos de consciência, aqueles que reservavam apenas um interesse superficial pela verdade agora a perseguem ativamente, estão mais conscientes do “quadro amplo” que se revela.

O pior é que nada disso é política, mas antes e tão somente uma forma de dominação que age em grandes blocos, movimenta uma tremenda quantidade de dinheiro, transborda de sombras e manipula de modo espantoso os meios de comunicação. Nunca foi tão verdadeira a sensação de que a mídia corporativa distorce tudo o que ela divulga, apenas nos dizem o que eles querem que acreditemos. É tão falso como a maioria do que está nos livros.

Você nunca se perguntou por que a guerra na Síria já está durando mais do que a Segunda Guerra Mundial e as informações sobre o conflito são tão escassas quanto o nióbio brasileiro?

A jurista Janaína Paschoal está cobrando que o Governo denuncie a ditadura de Maduro na Corte Internacional, oferecendo auxílio. Por que uma mulher dessa envergadura não é referência para o movimento feminista?

No meio estamos nós, pagando uma fortuna de impostos, ganhando desrespeito contínuo das autoridades e acumulando seja por magnitude (ou por osmose) uma apatia catatônica face aos discursadores de plantão que, fala sério, se reunir todos esses semblantes vai parecer elenco de inauguração de uma boca de fumo (ou biqueira, como se diz hoje em dia).

Tudo muito raso.

Em computação gráfica, o efeito Parallax se baseia numa simulação técnica capaz de mover imagens de fundo em velocidade mais lenta do que as imagens de primeiro plano, criando no nosso cérebro a ilusão de profundidade.


(Imagem: Ellen Gallagher, Pássaro na mão, 2006)
Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 18/10/2017
Reeditado em 04/06/2020
Código do texto: T6146354
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