BONS DIAS FUTUROS

Espero, e até creio nesse nível de sensibilidade política, que, na discussão da reforma previdenciária proposta pela direita mercadocrata, os parlamentares sobrelevem em importância um mínimo de respeito ao cidadão apenas pelo fato de ser cidadão, um mínimo de respeito ao trabalhador apenas pelo fato de ser trabalhador e que a dignidade da pessoa humana não seja tratada meramente como um direito constitucional, ou como um postulado de ordem simplesmente filosófica, mas como um elemento constituinte — inerente e irrenunciável — do ser humano, um bem jurídico absoluto, um valor cultural inviolável e supremo, à luz do qual todos os outros valores sejam respeitados e todos os direitos infraconstitucionais sejam interpretados e protegidos pelos agentes operadores e mantenedores do ordenamento jurídico brasileiro. No mais, espero, e assim creio, que o ideal da justiça social, tantas vezes preterido, prevalecerá nessa competição política, nesse conflito globalizado de interesses entre o Estado e a Sociedade.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 26/01/2018
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