Brasil em Guerra

O Brasil enfrenta várias guerras que matam milhares de pessoas. Todas são cruéis e bárbaras. Há duas absolutamente determinantes: a do crime organizado nas favelas, periferias das cidades e das elites perversas, chamadas de colarinho branco. Às vezes até as duas se confundem. Não é obrigado a gente ser do serviço de inteligência dos órgãos civis e militares para se chegar a essa conclusão. As mídias impressas de rádio, televisão e digitais revelam o cenário trágico do Brasil.

Desde a Ditadura Militar de 64, o crime organizado de drogas, assaltos a bancos e de ruas vêm crescendo assustadoramente. Daí em diante as organizações criminosas criaram um estado paralelo dentro do estado legalmente constituído. Os governos não combateram pela raiz o banditismo. Pelo contrário, reprimiram apenas paliativamente os novos inimigos da sociedade. Se os militares se preocuparam apenas em reprimir os comunistas ou subversivos, os governos civis que os sucederam voltaram- se para o enriquecimento através da malversação do dinheiro e patrimônio público. Estupraram a democracia brasileira, sonhada por Ulisses Guimarães, que nos legou a Constituição de 1988, atualmente vilipendiada por políticos apátridas, com raríssimas exceções.

A crise brasileira se explica pelo passado, temos uma conjuntura de grave crise política, econômica e social. Pior é que não existe liderança para ir às eleições presidenciais com cacife para comandar os nossos destinos. Independentemente de qualquer condenação a Lula, ele ainda é a única liderança do povo brasileiro. Os demais colocados a pré - candidatos a Presidente da República nenhum tem liderança suficiente para mudar o Brasil. Estamos na perigosa encruzilhada de continuar o país conflagrado pela fome, injustiça sociais, miséria e guerra sem tréguas.

Há outras guerras que compõem o panorama da república tropical, tão rica pela própria natureza, mas maltratada pela velha politica romana patrimonialista, clientelista e fisiológica. Por exemplo, o trânsito mata mais ou menos 10 mil pessoas por ano, é uma guerra. As quadrilhas organizadas e desorganizadas se multiplicam ao lado do narcotráfico. Sem falar nas quadrilhas infiltradas nas instituições, que são os pilares do nosso ordenamento jurídico. Precisamos, partidos políticos democráticos e socialistas, movimentos sociais e outros para estabelecer uma estratégia comum para derrotar o conservadorismo, no pleito de 2018.

samuel filho
Enviado por samuel filho em 29/01/2018
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