É raro, mas existiu político honesto no Brasil

A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.

A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio.

A História é feita de pessoas e de fatos. É raro, mas existe político honesto. A lista abaixo que ao pesquisar são considerados como políticos honestos:

Getúlio Vargas, foi presidente do Brasil em dois períodos. Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326. Cometeu suicídio no ano de 1954, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Sua influência se estende até hoje.

Ulisses Guimarães (6 Outubro 1916/12 Outubro 1992) que disse: “O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia.”

Juscelino Kubitschek (1902 – 1976) integra este círculo restrito. O ex-presidente morreu sem pompas, contas bancárias recheadas e grandes propriedades.

Jefferson Peres (1932-2008), professor de direito e administração. É considerado um dos homens mais éticos na história do PDT, tendo se firmado como senador na década passada.

Alfredo Nasser (1907-1965) é uma unanimidade na lista dos íntegros. Jornalista e advogado, Nasser era considerado grande tribuno, com fôlego para discursos densos e polêmicas infindáveis sobre direitos sociais e individuais.

Eduardo Suplicy, Cristovam Buarque, Itamar Franco, Getúlio Vargas, o ex-vice-presidente José Alencar, Leonel Brizola, o senador gaúcho Pedro Simon, a ex-senadora Heloísa Helena e, entre os poucos citados encontra-se também o nome de Marina Silva.

Pedro Ludovico (1891-1979) é historicamente considerado probo. Assumiu o governo após a revolução de 30. Foi chamado a se alinhar com Getúlio Vargas e acabou desmantelando a estrutura do coronelismo no estado. Seu passado político é limpíssimo, sem qualquer citação em investigações, amizades com criminosos ou relações com denunciados. Seu patrimônio, conforme as séries históricas da Receita Federal, foi linear desde quando assumiu cargo de gestor público e jamais aumentou.

Outro político notadamente honesto, conforme os documentos históricos, é Boaventura Moreira de Andrade (1912-1965), vereador histórico por Goiânia. Pedreiro, baiano, exímio mergulhador, ele falava de forma incorreta e constantemente tornava-se motivo de piadas.

Outro intelectual e jornalista no rol dos honestos é o ex-senador goiano Domingos Vellasco (1899-1973), considerado um dos mais brilhantes políticos do país, fundador do PSB, jurista e escritor.

Ao comentar a ética das gestões do PT, Pedro Simon sempre foi severo, apesar de respeitar a história de Lula: “O PT foi pior que o governo militar em termos de ética”. Advogado, professor universitário, tornou-se na voz mais consultada no Senado durante seus três mandatos.

Também no Senado, o jornalista e economista José Reguffe (1972- ) se destaca pelo currículo absolutamente limpo. Eleito em 2014 ao Senado, ele já apresentava uma carreira em ascensão: em 2010, após mandato como deputado distrital, foi eleito o deputado federal proporcionalmente mais votado do Brasil. Tem em seu currículo um conjunto de ações moralizantes, como o fim do auxílio moradia para distritais.

Ex-candidato a presidente, Cristovam Buarque (1944) é outro político com reputação ilibada.

Jânio Quadro, Leonel Brizola e Carlos Lacerda, fica aqui o registro. Por isso ser honesto mesmo é uma raridade na política de hoje, não se faz político como antigamente.

Bem, é agora José? O que vamos falar para nossos netos e bisnetos, sobre o nosso país!

Jorge Guima
Enviado por Jorge Guima em 04/03/2018
Código do texto: T6270745
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