200 anos de Karl Marx

Em 05 de maio de 1818, nascia em Trier na antiga Prússia (atual Alemanha), aquele que considero o maior pensador de todos os tempos: Karl Marx.
E por que ele merece tal consideração?
Pois bem, o pensamento marxiano*, que foi desenvolvido por Marx durante toda a sua vida acadêmica, apesar de sempre voltado para as ciências humanas, abriu portas para que vários outros pensadores utilizassem o método de análise que ele desenvolveu, sejam eles de humanas ou não. Além de inspirar milhões de homens, mulheres e jovens por todo o mundo, seja em suas vidas acadêmicas, artísticas ou políticas. Inspirou modelos políticos que seguiam a risca sua proposta revolucionária, ou que representavam uma variação da mesma, mudando em pequena ou grande escala o rumo de inúmeras nações pelo mundo. Vários líderes políticos ou pensadores devem seu sucesso a Marx. O pensamento também deu origem a toda uma corrente científica alimentada até hoje por estudiosos que o tiveram como referência acadêmica. E é importante considerar a parte científica do marxismo, para lembrar as pessoas de que o mesmo não se limita ao socialismo ou ao comunismo. Diante de toda a sua magnitude, ambos os modos de produção apresentados como fases finais da emancipação humana, acabam virando um detalhe, que ainda assim mudaram e mudarão a vida das pessoas.
Mas qual a origem do pensamento marxiano?
A princípio, o termo marxiano é utilizado fazer referência ao trabalho desenvolvido por Marx. Também é preciso considerar que o mesmo não foi construído de uma só vez, mas desde o momento que Marx fez sua tese de doutorado sobre os filósofos gregos Demócrito e Epicuro, quando o determinismo chamou sua atenção, até sua morte na Inglaterra, enquanto continuava seu estudo sobre o modo de produção capitalista, que só foi concluído por Friedrich Engels.
Outro pensador importante em sua vida foi Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o qual foi discípulo por parte de sua vida dedicada a filosofia. O pensador liberal, que foi um dos mais influentes da filosofia do direito, também foi essencial para a produção de alguns conceitos essenciais apresentados por Marx que serão comentados daqui para frente. Durante esse tempo, ele integrou a juventude hegeliana, que defendia a ideia de que o processo revolucionário era algo inerente ao curso da história das sociedades, mas saiu após um tempo, e mais tarde acusou em A Ideologia Alemã, seus antigos colegas, de idealistas, o mesmo era dito dos socialistas utópicos, como Saint Simon e Charles Fourier. Isso tudo aconteceu após ele ser expulso da Prússia devido ao documento publicado em seu jornal, onde ele denunciava a violência do Estado contra camponeses que pegavam pedaços de madeira seca na propriedade de fazendeiros.
Durante a construção de seu pensamento, Marx se dedicou a história, que foi utilizada como base para seu método de análise. Sua considerada primeira obra, Formações Econômicas Pré-Capitalistas, estuda a sociedade a partir das relações de propriedade e produção, desde a mais antiga, o chamado comunismo primitivo, até a mais moderna, a capitalista, onde também fala de sociedades comunais paralelas. Cada relação social seria chamada de modo de produção e o processo de transição de um para o outro, junto aos seus detalhes gerais, seriam convertidos e materialismo histórico e dialético.
“A história de todas as sociedades é a história da luta de classes”
O que é Materialismo?
A partir da dialética de Hegel, onde resumidamente, se entende que tudo sofre um processo cíclico de mudanças, dentro da lógica de antítese, tese e sínteze, Marx viria a entender a realidade concreta, na qual ele e o mundo viviam, a partir da dialética, dando a mesma, base na matéria. Assim viria a nascer o materialismo, ou materialismo histórico e dialético. Um método de análise das coisas a partir de sua origem, suas mudanças e os fatores das mesmas. Para Marx, a essência da humanidade é a sua busca por sobrevivência, então logo, o trabalho é sua principal atividade, como garantia de manter sua vida, dia após dia. E o trabalho é a transformação que o homem faz na natureza. Quando o ser humano descobre a agricultura, surge a propriedade privada, e por consequência, pessoas que a detinham, e outras que precisavam trabalhar para essas primeiras, em prol de manter a sua própria sobrevivência. Assim, a humanidade determinou a cultura e a estrutura social a partir dessas relações. Esse status quo é preservado por aquilo que Marx veio a chamar de Superestrutura.
O que é superestrutura?
Trata-se, basicamente, de qualquer entidade com o monopólio da força e/ou poder político. Isso porque, para Marx: “o Estado é só um comitê para atender os interesses da classe burguesa”. Tal lógica vale para qualquer outro modo de produção baseado nas relações desiguais da sociedade, onde uma classe dominante se utiliza de representantes com poder político e coercitivo para controlar a sociedade e reprimir qualquer ameaça ao status quo. Citando exemplos: na antiga sociedade feudal, eram os exércitos contratados por nobres para invadirem outros países ou reprimir revoltas camponesas, assim como a igreja católica que se utilizou da alienação religiosa para que, por muito tempo, os camponeses e comerciantes não adquirissem a consciência de classe explorada. Aliado ao conceito de superestrutura, muitos analistas do pensamento marxiano falam sobre a infraestrutura, que é nada mais, nada meno,s do que os elementos do processo de produção, tais como as próprias relações de dominação de burgueses sobre proletários, a matéria prima, os meios de produção, etc. Um dos fatores importantes a se destacar na ideia de infraestrutura é que, a partir dela, podemos chegar ao conceito de alienação.
O que é alienação?
É um conceito de múltiplos significados, mas segundo Marx, é a ideia de que o trabalhador, no capitalismo, é reduzido a um mero colaborador no processo de produção e não o intermediário entre o processo de criação puramente ideal, ao produto final, não podendo, nem se quer, usufruir da mercadoria. A alienação do trabalho surge no momento em que o indivíduo não mais trabalha para manter sua sobrevivência e sim para alimentar a riqueza de quem o explora, chegando ao ponto de nem reconhecer aquilo que se está produzindo e nem a si mesmo como um indivíduo complexo, reduzindo sua vida ao trabalho baseado na exploração do capitalismo, que tem como forma de sustentação real a Mais-Valia.
E o que é a mais-valia?
Imaginemos a seguinte situação: você é um burguês, tem a propriedade privada dos meios de produção (assegurada pelo Estado), ou seja, tem potencial para conseguir total estabilidade econômica, mas para que isso aconteça é preciso que ocorra o processo de produção. Você, burguês, tem como vantagem o fato de que há uma classe inteira e maioritária que precisa vender sua força de trabalho para garantir sua sobrevivência, historicamente. Você compra essa força de trabalho, mas só paga ao trabalhador um valor pré-determinado, que vá garantir sua, então, sobrevivência, mas que o manterá na eterna condição de trabalhador, e ainda se utilizará do seu poder de capital para comprar o Estado, para que o mesmo utilize seu poder político e coercitivo para dificultar a vida de seus concorrentes, reprimir qualquer manifestação que vá contra o status quo que lhe beneficia e, em casos de crise do capitalismo, obrigar o trabalhador a pagar a conta, com aquele valor convertido em salário que você paga a ele, além de repassar um mínimo investimento para o serviço público o qual a maioria dos trabalhadores utilizam por ser gratuito. Mas o seu lucro está sempre em crescimento, seja porque você pensou em um produto que poderia ser muito consumido, ou porque reduziu as condições de trabalho, barateando a produção e colocando a saúde e até a vida de seus empregados em risco. A partir daqui, podemos destacar outra forma de aumentar o lucro, mas não com a exploração do trabalhador, e sim com algo semelhante ao outro significado de alienação (não marxiano), o fetichismo de mercadoria.
O que é o fetichismo de mercadoria?
Trata-se de um valor subjetivo, não necessariamente material, que a sociedade cria em cima de determinada mercadoria, muitas vezes desconsiderando seu valor primário, sendo então motivado por elementos que não lhe dão um valor maior em relação a outra mercadoria igual. Levando a exemplos de nosso dia a dia, o fato de que determinadas marcas são associadas a qualidade em relação a outras.
O último conceito desenvolvido no pensamento marxiano a ser analisado aqui é o de ideologia. Pois engana-se quem considera que o comunismo, o pensamento marxiano e o marxismo são ideologias.
O que é ideologia?
A ideologia é a arma da superestrutura para manter as massas inertes em sua realidade, normalizando as relações sociais exploratórias, iludindo os trabalhadores com idéias irreais, para que os mesmos não enxerguem que são explorados, e se entendam como responsáveis diretos por todas as condições presentes em suas vidas, e também impondo uma forma de se compreender o mundo, aquilo que é diferente ou desconhecido. A ideologia está presente nos meios de comunicação, na fala de líderes políticos ou religiosos não marxistas e até na estrutura da educação mundial, onde o ponto de vista das classes dominantes está presente, e que por sua vez, influencia no senso comum da sociedade.
Ao então estudarmos todos esses conceitos, e principalmente o materialismo histórico e dialético e os modos de produção, assim como a base da exploração do sistema capitalista, que é a mais-valia, entende-se que o socialismo não é puramente uma proposta de Karl Marx, que ele tenha criado, mas sim uma conclusão, um resultado. O que torna o socialismo como algo inevitável. Além de que Marx se baseou em experiências históricas já acontecidas. Sociedades comunais.
Após essa longa e explicação a respeito do pensamento marxiano, entenderemos o que é o marxismo.
O que é o marxismo?
É nada mais, nada menos, do que a continuidade do pensamento marxiano, não produzido por Marx, mas por seus “discípulos”, sejam em outras ciências, ou em modelos políticos revolucionários ou reformistas. Entre as ciências, podemos destacar o próprio Direito, trabalhado por pensadores como Ferdinand Lassalle e Karl Kautsky, ambos marxistas e precursores da social-democracia, assim como Evgeni Pachukanis, jurista soviético, responsável por desenvolver uma Teoria Geral do Direito, adaptado para o marxismo.
A partir de sua análise da economia política exposta em sua obra O Capital, Marx também inspirou diversos economistas na URSS, e no próprio ocidente, mas o principal nome foi a polonesa Rosa Luxemburgo, responsável pela melhor obra de análise d’O Capital e da análise histórica e econômica da revolução russa que se apresentava como a primeira experiência do socialismo científico.
Na história, podemos destacar diversos nomes, sendo o principal, Eric J. Hobsbawn, responsável por uma das obras mais importantes da historiografia. Eric J. Hobsbown, com sua série de livros das Eras, das Revoluções, do Capital, dos Impérios e dos Extremos, Domenico Losurdo e suas diversas obras sobre o socialismo real e os processos históricos na Ásia, África e Américas, C. L. R. James, cuja importância, ao lado filósofos como Angela Davis e Frantz Fanon foi ímpar para o entendimento da condição dos negros dentro do processo exploratório, Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes, que foram os principais nomes da análise marxista sobre o capitalismo no Brasil. Na filosofia, foram influenciados o polonês György Luckàcs, que explorou ao máximo o entendimento do pensamento de Marx, além de seu importante papel de análise da revolução russa. Também o italiano Antonio Gramsci, que trabalhou uma forma de se pensar a hegemonia cultural, a educação e o trabalho de base dos comunistas, ao se inserirem nas massas, assim como sua crítica ao determinismo econômico. 
Na economia, vale mencionar a pensadora Vânia Bambirra, que ao lado de outros pensadores como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank e Theotonio dos Santos, desenvolveu a Teoria da Dependência, onde compreendia a condição da América Latina como um capitalismo subordinado a centralidade do sistema, representado pela Europa e os EUA.
(*Aqui cito somente algumas da ciências humanas, exclusivamente, por serem áreas as quais tenho um maior conhecimento, até o presente momento)
Saindo então das várias ciências que tiveram como base o marxismo, entremos nos modelos político-econômicos baseados no mesmo. Mas para dissertar sobre algund deles, precisamos diferenciar o que é reforma e revolução, segundo o teórico revolucionário russo, Vladimir Lenin, considerado o responsável por expandir a ciência do proletariado, expondo um tipo de práxis a partir da teoria desenvolvida por Marx.
Para Lenin, o reformismo é uma forma do Estado burguês de reduzir o impacto do capitalismo sobre a classe trabalhadora através de sanções ao mercado e políticas de melhoria das condições de vida dos trabalhadores, porém, sem ameaçar o status quo. Já a revolução é a destruição do status quo e a adoção de uma nova ordem social, quando uma classe dominada derruba uma classe dominante e estabelece o seu poder.
A primeira vertente reformista do marxismo é a social democracia clássica, desenvolvida por pensadores como Ferdinand Lassalle, Karl Kautsky, Eduard Bornstein e defendida pelos Mencheviques na Rússia. A ideia da social democracia seria a transição para o socialismo sem a via revolucionária, através de reformas estruturais no capital por meio do Estado, até que o capitalismo esteja totalmente superado, sem a violência consequente de um processo revolucionário.
Entretanto, como qualquer reformismo, a social democracia sofreu uma degeneração burguesa deixando de ser uma corrente marxista para uma corrente de terceira via, ao nível de ser apontada como economia mista, ou a ideia ridícula de “o melhor do capitalismo com o melhor do socialismo”, parindo também outros modelos de terceira via, como o nacional-desenvolvimento e o social-liberalismo. Um dos pensadores menos nocivos dessa terceira via foi o economista britânico John Maynard Keynes.
Mas ao entrarmos nas correntes revolucionárias do marxismo, precisamos considerar questões históricas que influenciaram nessas correntes. O leninismo, mesmo com o esforço de Lenin em apresentar uma estrutura de Estado e partido revolucionário que poderiam se aplicar em qualquer país e qualquer povo, tem fortes influências da realidade histórica, não só da Rússia, mas de todo o leste-europeu.
A primeira, sendo o leninismo, apresenta a concepção de ditadura do proletariado, como sendo a forma de governo sob comando da classe operária, responsável por eliminar as heranças da sociedade capitalista, como a cultura de consumo e individualismo, a educação sem base crítica, as formas de opressão oriundas da opressão de classe, etc. Lenin também vai apresentar a estrutura do partido revolucionário, com vários núcleos e células de atuação em diversos setores da classe trabalhadora e dos estudantes, comitês estaduais, comitês regionais e o comitê central, criando assim a noção de que as decisões ou políticas adotadas pelo partido revolucionário são votadas das bases ao centro, mas sem uma hierarquia total, podendo os núcleos e células mostrarem contraposição a uma determinação da coordenação estadual, por exemplo. Outro elemento importante do partido revolucionário é a existência de centralismo democrático. Que funciona a partir de votações internas dentro do partido, para se decidir qualquer coisa. Aquilo votado a favor pela maioria é a posição do partido, e a minoria contrária deve adotar mesmo assim, para manter a centralidade, a disciplina e a organização interna do partido revolucionário. Vale destacar que, para Lenin, era importante a participação dos comunistas na institucionalidade burguesa, para demarcar sua oposição e facilitar as reformas estruturais necessárias para que surjam condições materiais para uma revolução.
Aproveitando que falamos do leninismo, falaremos então da ideia de stalinismo. É preciso considerar que não existe um modelo marxista desenvolvido pelo líder soviético Iossif Stalin, pois o mesmo pretendia dar continuidade ao projeto de Lenin, substituindo a NEP (que surgiu como uma condição histórica do pós-guerra civil) por uma economia socialista de fato, tendo a necessidade histórica de implantar um modelo de produção planificada, que desenvolvesse as forças produtivas dos países que compunham a URSS, para que, então, fosse feito uma industrialização em praticamente todos os países, levando em consideração suas próprias condições materiais. Isso é o que mais se aproxima de um modelo político e econômico como corrente do marxismo, mas talvez Lenin teria feito o mesmo se não tivesse morrido mais cedo, o que faz com que o “socialismo em um só país” não seja, exatamente, uma corrente marxista. O fato é que stalinismo é um termo utilizado por historiadores para explicar o período de governo de Iossif Stalin na URSS, entre 1924 e 1953.
Em contraponto ao “socialismo em um só país”, entra o trotskismo, corrente marxista desenvolvida pelo revolucionário russo e comandante do exército vermelho na Guerra Civil Russa, Leon Trotsky. Para ele, o socialismo não poderia ficar muito tempo concentrado em um só país, como fez Stalin, mas rapidamente expandido para outros países, através da colaboração com as forças revolucionárias desses países, facilitando a tomada de poder pelo proletariado, sendo isso considerado um dever do primeiro país a fazer a revolução. Pode-se dizer que, quando a URSS financiou exércitos revolucionários em outros países, ou até quando Che Guevara lutou na revolução do Congo, e nas guerrilhas da Bolívia, o trotskismo estava sendo colocado em prática.
Já não é o mesmo caso, quando a URSS ajudou a Coréia Socialista a vencer a Guerra Civil, visto que a realidade econômica soviética era estabelecida como forte e próspera. E por falar em Coreia Popular, vale destacar que pouco se entende sobre o socialismo jouche, devido as poucas informações. Alguns arriscam a dizer que está relacionado a questões espirituais, outros ao fato do reforço ao militarismo e a produção bélica na Coreia Popular, mas nada totalmente confirmado. A revolução jouche também foi um dos tiros de partida para a Grande Revolução Chinesa, liderada por Mao Tse Tung, cuja corrente marxista foi importante pois dava profundidade a questões pouco exploradas pelos marxistas.
O maoísmo começa como sendo um modelo econômico exclusivo para a realidade da antiga Indochina, cuja produção econômica era totalmente agrícola, por isso o maoísmo é todo baseado em uma revolução do campesinato. As mudanças na cultura, organização da terra e processo de produção foram essenciais para o desenvolvimento da China, sendo assim um socialismo quase tão forte como o da URSS. Tendo também influencia no processo revolucionário do Vietnã.
Por fim, saindo da Ásia e indo para a América Latina, surge o que, primeiro, foi chamado de castrismo e agora é chamado de socialismo latino-americano. Que foi desenvolvido como corrente do marxismo, baseado na realidade histórica de capitalismo periférico da América Latina, adotando alguns elementos até repudiados por marxistas, como o caso do nacionalismo, que materialmente, se via necessário na realidade de Cuba, que, até 1959 era um país completamente subordinado aos Estados Unidos. O modelo cubano não necessariamente se aplica a outros países latino-americanos, visto que o Brasil teve suas forças produtivas mais desenvolvidas do que Cuba, mas a luta do povo cubano contra o imperialismo é exemplo para todos os países latino-americanos.
Mas onde o pensamento de Marx se mostra atual nessa nova conjuntura?
Hoje, na atual conjuntura política do mundo, diante a mais recente crise do capital, vê-se uma ofensiva da burguesia, não só contra a proposta revolucionária, mas até contra a proposta reformista, se utilizando de métodos já experimentados, como a carta branca para grupos populistas de extrema-direita, que visam repetir a experiência fascista do período entre-guerras. E a chegada ao poder de grupos como esses, é em parte, culpa de governos reformistas de centro-esquerda que, através de projetos de conciliação de classes, desmobilizaram a classe trabalhadora, contra a tirada de direitos promovida pela burguesia através do Estado e contra essa ameaça neo ou proto-fascista. Além do imperialismo norte-americanp. Hoje, é essencial que os comunistas façam o possível e o impossível para mobilizar a classe trabalhadora, não só para o combate a extrema-direita, mas também para iniciar seu processo de emancipação humana.
“Podem as classes dominantes tremer ante uma revolução comunista!
Nela os proletários nada têm a perder a não ser as suas correntes”
- Karl Marx e Friedrich Engels, O Manifesto do Partido Comunista.
Algumas de Karl Marx e Friedrich Engels:
Formações Econômicas Pré-Capitalistas
Manuscritos Econônicos-Filosóficos (1844)
Crítica a Filosofia do Direito de Hegel (1844)
Sobre a Questão Judaica (1844)
Teses sobre Feuerbach (1845)
A Sagrada Família (1845)
A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra (1845)
Princípios Básicos do Comunismo (1847)
A Ideologia Alemã (1846)
A Miséria da Filosofia (1847)
O Manifesto Comunista (1848)
As Lutas de Classes na França de 1848 a 1850 (1850)
O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852)
Grundrisse (1858)
O Capital (1867)
A Guerra Camponesa Alemã (1870)
A Guerra Civil na França (1871)
Anti-Dühring (1878)
Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico (1880)
A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884)
Crítica ao Programa de Gotha (1891)
Gabriel Craveiro
Enviado por Gabriel Craveiro em 07/05/2018
Reeditado em 01/09/2019
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