Os Ensinamentos Da História

Se um dia os humanos conseguirem, prolongar indefinidamente o período de vida, o próximo passo será programar a morte, pois a evolução intelectual ficaria comprometida.

Os ensinamentos adquiridos por uma pessoa, ao longo da sua existência, ficam mais bem guardados nos livros, que num cérebro perecível, com memória limitada.

Quando um novo cérebro nasce, recolhe os ensinamentos de vários outros, que existiram antes, e isto proporciona a evolução.

Surpreende-me ver humanos, que ignoram os ensinamentos, deixados ao longo da história, supondo terem alcançado a auto-suficiência cultural.

Quem não pensa igual, obrigam apenas a lhes ouvir.

Quem não concorda não deixam opinar.

Diante de argumentos incontestáveis, reprimem com ofensas.

Se não podem contestar uma opinião, humilham quem opinou.

Se uma ideia não for deles, reprovam e apresentam as suas, que "são melhores".

Se algo notável, não vier de alguém, que notabilizam, desprezam.

Consideram que intelectualidade é algo proporcional ao salário.

Estes são alguns dos sintomas, dos humanos que se transformam, em carcaças ambulantes, carregando um cérebro estagnado, sem possibilidade, de atualizar o seu sistema operacional, porque a entrada, para receber novos dados, foi bloqueada.

Devido à minha atividade, optei por concluir o Segundo Grau pelo Ensino Supletivo. Na época as provas eram criticadas, pela dificuldade para a aprovação do estudante.

Naquele ano, devido ao reduzido número de aprovados, um órgão de imprensa levou as provas, para que cada um dos seus elaboradores as resolvesse individualmente, e nem um deles acertou todas as questões.

Na prova de História eu obtive nota 8,5, a maior no Estado. Todos queriam saber, qual o método que eu usava, para estudar.

Eu não tinha tempo, nem recursos financeiros, para ingressar num Curso Universitário, portando estudava sem pressa, pois sempre gostei de estudar, antes de tudo para aprender.

Quem estuda para passar em provas, ou concursos, absorve uma página de livro, e despeja sobre a prova. Depois parece que se esvazia do conhecimento.

Em vez de decorar a matéria, quem estuda para aprender, adquire conhecimento, passa em provas sem estudar, e vê o mundo sem disfarces.

Em cada Campanha Eleitoral, enquanto tomo a história, como ferramenta para prever o futuro, com tristeza eu contemplo noutros, a lamentável demonstração, da inobservância do passado.

Não percebem que os novos ídolos, são apenas meros clones dos históricos, usando roupas diferentes.

Se o povo não fosse tão alienado, e presunçoso, e se dedicasse a observar, e aprender com a história, perceberia nesses "ídolos", estratégias tão antigas quanto à mentira.

Os gestos ensaiados, e as frases de efeito, já eram usados pelos Romanos, e por Hitler.

Hitler usava ainda montagens fotográficas, como hoje políticos sem escrúpulos ainda usam.

Nos confrontos com a polícia, quando muitos morriam, Hitler ficava nas últimas fileiras, e depois o seu fotógrafo o colocava de pé, na frente dos outros, e ainda com roupa branca, para ser bem notado.

Problemas sociais são ambiente propício, para o surgimento de um ídolo.

Depois basta forjar um culpado, e promover o ódio contra o suposto inimigo.

Hitler usou o Antissemitismo, para atrair simpatizantes, semeou o ódio, e obteve sucesso.

- "As massas são estúpidas, e somente a emoção e o ódio podem mantê-las sob controle." (Adolf Hitler)

Um ídolo pode até chamar de "estúpidos", os seus seguidores, que eles continuam a segui-lo.

- "O fanatismo é a única forma de força de vontade, que os fracos e irresolutos conseguem alcançar. (Nietzsche)

O povo além de insensato, e emotivo, ainda tem memória curta. Depois de fanatizado, passa a defender apenas a sua intransigência, como os futebolentos defendem, e praticam violência, por um time de futebol sem lógica alguma.

Coisa que uma mente saudável não consegue explicar.

Um ídolo não precisa ser honesto, pois seus defeitos são ignorados, pelos que o idolatram.

Pode até falar mal dos políticos, pois os dominados não se darão por conta, que ele também é um político, muitas vezes, um dos piores.

Enquanto ridiculariza os Santos, e se explica aos Religiosos, vai se tornando conhecido.

Um ídolo não precisa ser coisa alguma, basta ser conhecido.

Acioly Netto - www.guiadiscover.com

Acioly Netto
Enviado por Acioly Netto em 12/09/2018
Código do texto: T6447018
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