BOLSONARO OU HADDAD?

Separem os homens dos meninos e as mulheres das meninas que a partir de agora o negócio é para valer. *Jair Bolsonaro e Fernando Haddad* irão disputar, talvez, uma das eleições presidenciais mais polarizadas de todos os tempos. A polarização é tanta que onde trabalho (colégio) crianças de sete anos em diante entraram nesta "guerra" dizendo que "votaram" em A ou B dando seus argumentos *pró e contra* do porquê. Baseado naquilo que entendo por política e fazendo uma análise sociológica superficial de um não analista político (quanta ousadia minha), do atual cenário nacional, pode-se dizer que temos dois candidatos em linhas totalmente opostas. Não há consenso e muito menos diálogo. Vejamos: *Fernando Haddad* (PT), por exemplo, tem como maior aceitação os grupos chamados: *minorias.* Por "minorias" podemos entender como sendo as comunidades LGBT, negros, índios, movimento feminista, artistas e outros, ou seja, grupo de pessoas que normalmente o conservadorismo tradicional tem certa aversão. O que pesa a favor de sua vitória são as famosas políticas sociais como: bolsa família, cotas raciais, política de emprego para os homossexuais, etc. Tem como *carro chefe* da campanha seu padrinho político, ex presidente da república, adorado por muitos e hoje condenado a prisão, Luiz Inácio da Silva, popular, *Lula*. Provavelmente terá os votos que foram para Ciro Gomes. Tem como rejeição o antipetismo (principalmente das elites), o mensalão, petrolão, o conservadorismo de alas religiosas (católicos e evangélicos) e o pouco conhecimento a seu respeito dos eleitores do sul, centro oeste e sudeste. *Jair Bolsonaro* é o voto do contrário. Grande parte do seu eleitorado é a repulsa ao petismo. Está há mais de 20 anos na política e só ficou conhecido porque vem usando de atitudes e palavras que grande parte da população brasileira (conservadora e religiosa) gosta de ouvir. Tem como trunfo para chegar ao planalto às críticas ferozes ao PT e suas políticas sociais, e crítica abertamente tb os defensores dos direitos humanos (para muitos "direitos dos manos"), se dizendo tb contrário a ideologia de gênero e o casamento homoafetivo. Tais falas vão ao encontro a tudo que religiosos e ultra conservadores querem ouvir. Provavelmente terá os votos de Alckmin, Amoedo e do cabo Decilio. Sua rejeição se dá daqueles chamados: *progressistas.* Para tais, Bolsonaro é o que de pior a política já produziu. Taxado de fascista, totalitário, reacionário, antidemocrático e até de neonazista, inspirou pessoas a criarem campanhas nas redes sociais com o famoso: *Ele não.* Se frustrou um pouco porque estava confiante de que iria levar no primeiro turno. Enfim, esta é a minha breve e simplória análise política sobre os dois candidatos que pleitearam o cargo máximo do poder executivo. Um coisa está bem clara tanto para um quanto para outro: *O Brasil está quebrado. Economia parada. Desemprego em alta. Previdência social inchada. Carga tributária altíssima. Dinheiro escasso. E ambos, para complicar, parece que não terão muito apoio no congresso para suas propostas funcionar.* Ou seja, o futuro presidente não terá vida fácil (espero estar enganado). Dia 28 saberemos quem irá vencer *se a política do retrocesso ou do totalitarismo* (segundo os antis dos dois lados)

Danilo D
Enviado por Danilo D em 08/10/2018
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