Será Doce ?

Para quem acha que será doce, não se iludam ....

"Eu vou até o fim. Não terei medo. Não terei medo de sair na rua. Não terei medo de fazer a minha crítica. Não terei medo de Moro. Não terei medo de bolsonarista violento. Podem vir todos.

Eu não raciocino como os covardes, como os adesistas, como os isentões enfiados em seus buracos institucionais.

Diante de um holocausto desses - sem meio termo - não há escolha.

Sem Moro, eu quase utilizei a palavra "prudência". Com Moro, ela morre. Porque com Moro, não é mais fascismo: é inquisição.

Moro não é Mussolini, Moro é Savonarola, inquisidor medieval conhecido pela vaidade, ambição e truculência.

Quando pensávamos ser difícil descer mais baixo que a eleição de um fascista, eis que somos surpreendidos e embicamos de cabeça no esgoto pútrido do judicialismo de vingança.

E, devo avisar: vamos assistir a um festival de acovardamentos. Se você acha que já viu covardia suficiente na vida com STF e TSE, prepare-se. A cena crítica piscou.

Prepare-se para ler loas e desagravos os mais emocionados ao juiz de província que ostenta uma coleção de ilegalidades no currículo.

Explica-se: justamente por ser vaidoso e totalitário, Sergio Moro inspira o terror em muita gente. E diante do terror, covardes aderem.

Bolsonaro é só um ex-capitão subletrado. Moro tem ambições muito maiores e já se coloca como o novo dono do país, aclamado pela subserviência rasteira dos coadjuvantes da história, pegajosos espectadores do assassinato da história.

O Brasil vai morrendo em modo acelerado e estamos todos tontos diante do volume inacreditável de cenas grotescas.

Nem se fala mais em cultura e em história. O vírus do horror tomou conta até daqueles que pensavam combater o horror.

Se algum messias descesse hoje no Brasil, ele teria de dizer na cruz: "Não subestimai o instinto assassino dos homens". "Não subestimai a capitulação dos covardes".

O Brasil precisa urgente de um orador. Sem dicção, a sociedade morre. Estamos ao relento narrativo, à acefalia retórica, à perplexidade geracional.

A palavra ainda é o instrumento mais poderoso à disposição de todos nós. Eu sempre dizia isso para os meus alunos adolescentes (até o escola sem partido me encontrar).

Diante da palavra, não tem WhatsApp, não tem fake news, não tem bravata, não tem ameaça, não tem intimidação.

Palavra, tenho que dizer, com 'P' maiúsculo. Palavra com atitude. Palavra com 'pegada'. Palavra com firmeza, autoestima, assertividade, contundência, vibração, ritmo, cor, estridência. Palavra com sentido, sua dupla face tão ignorada em tempos de cólera.

Quando a palavra morre, a civilização morre.

Que não levemos flores docemente ao túmulo da palavra neste dia de Finados, mas que estouremos o granito que a aprisiona com a explosão sanguínea da resistência moral.

Que a palavra se renove e que nos restitua o pequeno quinhão de civilização que nos foi roubado.

Basta de explicações. Eu quero luta."

Por Gustavo Conde

"O ódio é a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior".

Baruch Espinosa

www.jestanislaufilho.blogspot.com Contos, crônicas, poesias e artigos diversos. De minha autoria e de outros e outras. Convido você a participar com texto de sua autoria. Será um prazer publicar.

#LulaLivre Doravante esta hashtag estará em minhas publicações enquanto não apresentarem as provas contra Lula