QUANDO A INCREDULIDADE SE INSTALOU?

Não são os índices, mas o ser humano que diante de tantas tragédias parece ter instalado em sua mente a desesperança, ao mesmo tempo em que temos tantos defensores e protetores (Ciro, Bolsonaro), parece que não temos ninguém. São tantos roubos, furtos, mortes violentas e apreensões de drogas que estamos igual a Tomé – “Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei” – Jo 20.25. Mas, como crer, quando tudo o que vemos é o crescimento da esperteza e da malícia, todos querem ser Jesus.

Tomé não pede para tocar em Jesus porque ele não tinha fé, mas porque ele não cria, ou seja, ele era tão fiel a Jesus que não admitia que outros supusessem, pensassem ou presumisse, que o que Ele tinha dito era mentira – “Vou e volto a vós” - João 14:28. Mas, mesmo assim, após a sua morte, muitos apareceram dizendo ter ressuscitado, todos queriam o crédito, o poder, a autoridade e desejavam principalmente controlar o povo. Ou seja, a incredulidade se instalou no momento em que percebemos o descompromisso daqueles que nos governam, Jesus não deixa Tomé com dúvidas, ele simplesmente diz: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado” – Jo 20.27.

A política no Brasil hoje envolve a malícia dos políticos, a irreligiosidade dos que irão as urnas, a descrença daqueles que hoje estão falidos e doentes e a dúvida do futuro, responsabilidades que os candidatos atuais parecem não estar se preocupando, já que mais uma vez parece que viveremos de campanhas de acusações e não de apresentação de projetos. Ou seja, não há intervenção que dê jeito, já que o problema precisa ser resolvido primeiro internamente e para que isso aconteça ninguém verá nada durante alguns meses, e quem sabe anos, pois estamos vivendo uma verdadeira desordem, bagunça mesmo, onde todos querem tirar vantagens.

O povo não acredita e nem confia mais, porque está cansado de promessas vazias, o que leva o eleitor a andar na contramão da esperança, pois se espera ver seus candidatos falando como Jesus - "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos” -, não encontrarão, na verdade parece que nos depararemos mesmo é com a decepção, o ceticismo, o desapontamento, o desengano e a realidade.