Estimulação contraditória

A estimulação contraditória é uma das armas que os políticos empunham para paralisar todo mundo. Um exemplo: Dá-se como proposta em defesa da integridade física das mulheres a separação de vagões de metrô para se evitar que homens assediem as mulheres, constrangendo-as e agredindo-as das formas mais imagináveis, como se viu, na semana passada, dada a ação de um tarado que chegou ao cúmulo de se masturbar, dentro de um ônibus, em uma das passageiras. Todo mundo há de concordar: É preciso proteger as mulheres de tais imbecis. Por outro lado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sanciona lei que acaba com a exclusividade de uso de banheiro público, uns, pelas mulheres, outros, pelos homens. Ora, vejamos como as duas políticas provocam confusão, e enlouquece todo mundo: Uma proposta, que diz defender a integridade física das mulheres, separa vagões de metrô, uns exclusivos para as mulheres, outros, para homens; e a lei sancionada pelo governador de São Paulo, acaba com exclusividade de uso de banheiro público pelas mulheres, alegando, neste caso, o propósito de acabar com a discriminação aos homossexuais. Cá entre nós: Não é de enlouquecer? As mulheres estão ameaçadas nos meios de transporte coletivo, então separa-se vagões exclusivos para elas. E quer-se acabar com os banheiros de uso exclusivo pelas mulheres. Ora, se homens e mulheres podem usar o mesmo banheiro, as mulheres estão sujeitas à violência praticada por imbecis, tarados e até estupradores. E é muito mais fácil um homem atacar uma mulher em um banheiro público do que num vagão de metrô, ou num ônibus.

Escrito em 12 de setembro de 2017.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 05/04/2019
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