O caso dos boxeadores cubanos

O CASO DOS BOXEADORES CUBANOS
Miguel Carqueija

Foi em 2007 que ocorreu o vergonhoso caso referido no título e que não deve ser esquecido, tanto mais se levarmos em conta que os defensores do PT, de Lula e Dilma Rousseff insistem em se apresentarem como os paladinos da democracia e dos direitos humanos.
Ninguém foge para Cuba. Todo mundo foge de Cuba, e muitos perderam a vida na travessia do mar em direção à Flórida, inclusive alvejados pela guarda comunista.
Em 5 de agosto de 2008 o colunista Elio Gaspari, na Folha de São Paulo, expressou bem o que aconteceu naquela ocasião, fato que envergonhou o Brasil:

Lula colocou o Estado brasileiro a serviço da polícia política de Fidel Castro. Esse é o resultado da detenção e do anunciado repatriamento dos boxeadores Guillermo Rigondeaux (bicampeão olímpico) e Erislandy Lara (campeão mundial dos meio-médios). Em 22 de julho, eles abandonaram a delegação que veio para o Pan. Outros dois atletas também escafederam-se. Nos últimos 20 anos, cerca de 150 desportistas cubanos aproveitaram a chance e pularam o muro do paraíso comunista.”

O caso teve um triste desfecho:

“Os dois foram detidos pela polícia no litoral do Rio, levados para um quartel da PM, transferidos para a Polícia Federal e colocados sob vigilância policial. Nesse quadro, teriam se arrependido da fuga e resolveram voltar para Cuba.”

Lembra o jornalista que João Goulart, José Serra e tantos outros brasileiros (eu lembro: Leonel Brizola) fugiram do país no tempo do regime militar e obtiveram asilo em outros países. Os dois atletas em questão “arrependeram-se” sob pressão e além do mais, conivência do governo comunista do Brasil da época, desta senhora de triste figura na história pátria.
Gaspari encerra sua matéria pondo os pingos nos is:


“O aparelho do Estado brasileiro deteve Rigondeaux e Lara a serviço da repressão cubana, o resto é conversa fiada.”

Note-se que atletas, cientistas, escritores e toda a sorte de pessoas, crianças inclusive, fugirem dos “paraísos” socialistas, aos magotes, não é nenhuma novidade. Agora mesmo o Brasil vem generosamente acolhendo os muitos milhares de venezuelanos que fogem sem cessar do paraíso de Maduro. O contrário é que não ocorre.
E esses dois atletas... estarão vivos e livres?

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2020.