Moralidade moderna

Quem se envolve com a política hoje em dia não conta, a não ser as contas que tem e em segredo mantém. A política movimenta tantos interesses, tantos recursos e poder que fica difícil contar, ou desse conjunto se afastar, sobretudo para quem entra no ramo, ou nos galhos mesmo.

Mas a verdade é que era difícil, no nosso passado de 5 ou 6 décadas, associar a política ao enriquecimento para além das rachadinhas que, na realidade, e no sentido menos figurado podiam mais era levar o político à ruína. Das finanças e das confianças.

Falava-se, por exemplo, que Adhemar de Barros, o governador da mais rica unidade da Federação roubava. Mas mais arroubava com o seu roubo mas faço. E ficava tudo por aquilo mesmo. Além do mais, era mais a exceção do que a regra.

A política era um território mais do alcance dos já abonados, ricos até. Um torneiro mecânico teria chance dalguma vitória majoritária? O róbvio ululava. Era tudo coisa de Casa Grande. No caso de Jânio é correto afirmar que ele viveu sempre por tutu. Mas com a riqueza dele, ao que consta, só esse Elo há...

E inda há pouco ouvi que o eminente JK não amealhou fortuna com a política. E que ao longo de sua vitoriosa e brilhante trajetória em seu nome só teve uma fazenda. E eu creio, e a essa assertiva me rendo, mas emendo: uma fazenda, e muitas fazendo...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 26/07/2020
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