A ATUAL POLÍTICA BRASILEIRA E O VOTO

Praticamente todos os dias os meios de comunicação em geral, trazem novos fatos (negativos) sobre a politica brasileira. A população encontra-se saturada com tantos atos de corrupção em plena pandemia que atordoam até os mais otimistas, aqueles que ainda vêm um futuro econômico e político mais saudável para o nosso país.

Saudável é realmente o termo correto para se empregar, visto que, lamentavelmente nossa pátria está enferma, febril, necessitando urgentemente de um antitérmico. O remédio felizmente não está nas mãos dos políticos, mas, está na digital de todos os cidadãos aptos para votar.

Entretanto, o voto, o poder das urnas, há décadas vem sendo usado de maneira totalmente descabida pela maioria da população, elegendo políticos que de há muito tempo já estavam reconhecidamente desalinhados, sem conexão com a verdadeira política: aquela que é voltada para atender verdadeiramente às demandas do povo e não às aspirações de poder e riqueza, pessoais ou partidárias.

Essa desatenção para com o voto e até certa dose de compreensão perante os desvios de muitos políticos seduzidos pela ganância, se dá em razão de nossos próprios atos cotidianos, que muitas vezes reproduzimos em pequena escala e não atentamos acerca de suas consequências. Pois é, tendemos a amenizar nos outros aquilo que reconhecemos em nós mesmos, e assim, em vez de nos melhorarmos, modificando as nossas tendências, atenuamos os desvios alheios.

Todavia, nossos erros particulares não devem ser empecilhos para exercemos a nossa cidadania e escolhermos bem os homens públicos que irão nos representar, pois a corrupção política, ainda assim, têm consequências muito maiores que os desvios individuais do cidadão comum. As sequelas estão no desemprego em massa, na educação deficitária, na saúde precária e na perda de credibilidade internacional, ou seja, em todas as áreas da sociedade brasileira.

Que possamos utilizar o poder que nos foi conferido pela democracia e mudar os nossos hábitos como eleitores, observando atentamente o trabalho e o passado dos que elegeremos, para que não venhamos colocar como nossos futuros representantes, mais lobos vestidos de cordeiro.

Esse pente fino deve ser feito independentemente do viés ideológico, pois como já verificamos pelos acontecimentos dos dias que correm, a corrupção independe de partido ou ideologia. As consequências desastrosas que ela trás, principalmente para os que mais necessitam, deve reger a nossa consciência na hora de apertarmos o botão em 2022 e nos anos que vierem.