Um Furacão Chamado Lula

Um país que teve em seu comando nesses últimos quatro anos duas figuras de envergadura moral nenhuma, como Temer e Bolsonaro, por conta de uma campanha dirigida contra o povo brasileiro, tendo como alvo seu maior representante, Lula, não poderia assistir passivamente a volta à cena central de quem tirou da miséria uma grande massa popular.

Estamos há quatro anos sob o comando dos papudos do mercado, de quem nada produz, de quem sempre viveu da carniça arrancada das costas de quem de fato trabalha.

Lula, o nosso maior estadista, foi o cérebro de um outro Brasil durante 13 anos de governo do PT, botou novamente o pé nas quatro linhas do campo e os raros miolos da direita brasileira se agitaram.

Isso mesmo, Lula voltou, o que, numa roda de samba de terreiro, significa que o Saci rodopiou!

A prova da popularidade de Lula está também na intenção sabotadora daqueles que usam todos os meios de comunicação para difamá-lo, denunciando, com isso, que tipo de tapera essa gente transformou o país em tão pouco tempo.

Lula, mesmo diante de uma condenação infame, jamais baixou a cabeça, e avisou que viria com tudo para cima de seus algozes. E assim está fazendo, engolindo com gosto cada um dos que compõem a quadrilha Moro que se aliou ao clã Bolsonaro para produzir essa tragédia a que assistimos no Brasil em que, somente em 24 horas vitimou quase 2 mil brasileiros e quase 270 mil em números totais até agora. Isso, no mesmo momento em que Bolsonaro não financia mais 71% das UTIs no Brasil e, muito menos tem vacinas para uma semana e sem a menor perspectiva de quando voltará a ter.

Então, quando vem a notícia de que o ex-presidente com a maior aprovação da história do país, 87%, tornou-se novamente elegível, junto, veio a euforia da população, até porque, por ironia da realidade, sob o comando de Lula, O Brasil, num recorde absoluto de vacinação, imunizou contra a gripe H1N1 em 90 dias mais de 80 milhões de brasileiros, num período em que o país nunca foi tão feliz e que todos os brasileiros faziam parte da mesma festa.

O que vemos agora é que o bonde do ódio aos pobres do Bolsa Família voltou à carga, com a mesma quantidade de gente que cabe em um bonde diante de um mar sem fim de brasileiros. Essa minúscula parcela da sociedade tenta fazer do ódio, mais uma vez, a multiplicação de seus infinitos preconceitos nutridos pelas classes dominantes que estão sempre dedicadíssimas a construir uma tramoia para que o trabalho de todos produza riqueza para 1% da população que tem o comando institucional do país e, por isso, se acha proprietária e dona dos destinos da nação, mas não é e jamais será.

Os fracassos de Temer e Bolsonaro, dois dos piores lacaios do país, provaram mais uma vez que, com o poder nas mãos, a elite econômica brasileira destrói o desenvolvimento, negocia nas sombras as riquezas e patrimônios do país, sem a menor decência e arrasta com ela a energia de cada brasileiro, mentindo uma mentira sistemática de quem age friamente para destruir o próprio povo.

Por isso, Lula, que tem uma capacidade impressionante de mobilização do povo, em 24 horas devolveu à população a esperança que ela havia perdido no país. Isso não é pouca coisa.

*Carlos Henrique Machado Freitas