Nem Lula nem Bolsonaro , POR QUÊ?

Qualquer tipo de crescimento que o país experimentar deve contribuir para reduzir a pobreza , o desemprego e as desigualdades. Da mesma forma , qualquer candidato que fosse eleito presidente da República deveria colocar como prioridade a criação de ações para reduzir a tão enorme desigualdade da qual a maioria da população é vítima desde o Brasil-Colônia.

Segundo os institutos de pesquisa, os dois políticos , Lula e Bolsonaro , dividem e vão dividir a preferência dos eleitores na eleição presidencial de 2022.

O Brasil precisaria encontrar um candidato , independente de sua visão ideológica , com o perfil de Joe Biden , atual presidente dos Estados Unidos. Se eleito , focasse o governo em benefício dos que sempre foram vítimas das desigualdades e do preconceito.

O atual presidente, a exemplo de Hitler , ( não estou dizendo que o presidente é nazista) se preocupa basicamente em preservar o apoio do Exército e da elite brasileira. Sem falar no seu negacionismo em relação ao combate à Pandemia e a diversas encrencas que cria , desnecessariamente.

Decididamente , Bolsonaro não seria boa opção para seguir governando o país a partir de 2023.

Jair Bolsonaro tem demonstrado apoio a tudo aquilo a que Biden se propõe a combater nos Estados unidos.

Contrariamente a Bolsonaro , Biden já demonstrou para o seu país e para o mundo a necessidade de sobretaxar as grandes fortunas de milionários e bilionários norte-americanos e aplicar a coleta dessa sobretaxação em políticas sociais em benefício dos mais pobres.

Obviamente, somente sobretaxar as grandes fortunas não resolveria o problema da desigualdade , mas já seria um bom começo.

Por que não o PT e Lula?

O PT se arvora ter governado para os pobres , todavia foi um dos partidos que contribuíram para o aumento da concentração de renda.

Segundo um levantamento feito em 2014 pela Revista Valor Econômico , os bancos lucraram 8 vezes mais no governo Lula que no de FHC.

Ao final do governo Bolsonaro em dezembro de 2022 , certamente os indicadores sociais não vão mostrar resultados diferentes dos de governos petistas , de FHC e de outros antecessores , ou melhor , é bem provável que ao final do governo Bolsonaro a concentração da riqueza seja maior que no governo do PT e dos que vieram antes dos governos petistas.

Em 2019, segundo a revista Forbes Brasil , havia no país 205 bilionários; em 2020 , esse número pulou para 238.

As fortunas desses bilionários, somadas, chegam a R$ 1,6 trilhão, alta de 33% em relação ao valor de 2019.

Os setores em que os bilionários mais cresceram foram dois: tecnologia e saúde. Segundo a ONU , 1% mais rico centraliza 28,3% de toda a riqueza do Brasil.

Contrariamente , a pobreza e miséria cresceram no Brasil. E também no mundo. De acordo com dados da FGV , a Pandemia empurrou para a linha de pobreza quase 27 milhões de cidadãos brasileiros.

O pesquisador da FGV , Fernando Burgos , diz que fazer doações não resolve o problema da fome e da concentração de renda e que é indispensável alterar alíquotas de tributos para amenizar a situação:

"mexer na alíquota de impostos é uma urgência - o Brasil é considerado um paraíso para os ricos , "com uma tabela pouco progressiva de tributação em relação à renda. O maior presente é a isenção de impostos sobre dividendos no mercado financeiro..."

Fica subentendido que além de taxar os dividendos é preciso também sobretaxar as grandes fortunas e as igrejas-empresa que são isentas do pagamento de tributos.

É inaceitável que no Brasil , o trabalhador tenha que trabalhar cinco meses somente para pagar impostos e um grupo de privilegiados seja favorecido com a isenção deles.

O Socialismo seria a solução?

Decididamente não. Não se precisa mudar o sistema ou regime de governo para que a riqueza seja distribuída de maneira menos desigual. Veja o exemplo de Biden , atual presidente dos Estados Unidos.

Ele se propõe a realizar grandes mudanças nas políticas públicas dos Estados Unidos para reduzir a pobreza e a excessiva concentração de renda daquele país , entretanto não vislumbra a necessidade de mudar o regime ou o sistema político dos Estados Unidos: continuará sendo Capitalista.

Ser defensor do sistema Capitalista não significa necessariamente ser a favor de que uma parcela mínima da população tenha em excesso e a maioria não disponha do necessário para satisfação de sua necessidades básicas.

O Brasil precisaria encontrar um político , com o perfil de Joe Biden , que disputasse as eleições de 2022 para presidente e tivesse apoio da maioria da população para se eleger , que focasse o governo em benefício dos que sempre foram vítimas das desigualdades e do preconceito.

Que tal a ideia de trocar o capitalismo selvagem e o socialismo pela Justiça social?

Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues - professor concursado da Rede Pública Estadual de Ensino. Autor do livro "Palavras do meu sentimento".

Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 03/06/2021
Reeditado em 03/06/2021
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